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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 29/06/2015

Acompanhe a análise econômica das principais commodities agrícolas

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.

SOJA RETORNA AO PATAMAR DE US$ 10,00 POR BUSHEL

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Os futuros da soja na última sexta-feira mantiveram-se acima dos US$ 10,00 por bushel, com o contrato de julho mantendo certa estabilidade e os de agosto e setembro subindo mais. A alta de sexta-feira e, praticamente, de toda a semana para a soja e milho, foram sustentadas pela preocupação em torno do clima americano, excessivamente chuvoso em relação aos anos anteriores, em um período em que a soja da nova safra segue 90% plantada, segundo as últimas informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Como aponta o site Accuweather, as preciptações desde início de maio para Iowa, Missouri, Illinois, Indiana e Michigan tem sido o dobro do normal em relação aos anos anteriores, o que chama a atenção do mercado para qual será a área de soja a ser indicada amanhã(30) no relatório do USDA. No mercado, pairam especulações sobre replantio, abondono de área e dano à produtividade, mas também existem estimativas que apontam para uma área de soja de 85,17 milhões de acres, maior em relação aos 84,6 milhões de acres que vinham sendo relatados pelo USDA. Para esta semana a agência climática Accuweather indica mais chuvas no Centro-Oeste americano.

De acordo com os números de junho do USDA, uma área de 84,6 milhões de acres, com produtividade de 46,0 bushels por acre, tinha estimativa de produzir de 104,78 milhões de toneladas, ou a segunda maior produção americana de soja, registrada na série histórica, após a safra recorde 2014/15, que também registrou estimativas recordes na América do Sul.

Na semana, o contrato futuro de julho apresentou um ganho acumulado de 17%, acima do que foi apresetando para o ano inteiro. O preço médio recebido pelo produtor paranaense, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), para esta última semana, foi de R$ 57,02 por saca.

O percental de comercialização da safra paranaense foi indicado em 67%, o que ficou igual ao percentual comercializado na safra passada no mês de junho e próximo da média de comercialização das últimas cinco safras no Estado (71%). Em algumas regiões o percentual comercializado já ultrapassa os 70%.

Hoje o futuro de agosto abriu em alta, e até às 10:59 apresentava ganho de ↑0,80% no valor de ↑US$ 10,05. O câmbio ganhava ↑0,51%, no valor de ↑R$ 3,1457.

MILHO SEGUE EM ALTA COM O CLIMA

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O mau tempo nos Estados Unidos, igualmente no milho, justificam as altas registradas na semana. O contrato de julho ganhou 8,7% de segunda a sexta-feira, e o mercado olha para a produtuvidade.

O USDA havia indicado na semana passada uma piora de dois pontos percentuais nas lavouras com condições de boas a excelentes, ficando em 71%. Com a preciptação acumulada acima do normal, podem ser vistos novos reajustes nas condições a serem divulgadas no final da tarde de hoje, no relatório de evolução do plantio.

Para o relatório desta terça-feira (30) pairam dúvidas de qual será a revisão para a área de milho e para os estoques. Para a área, consultorias tem indicado o número de 89,29 milhões de acres, levemente acima dos 89,2 milhões de acres que era mantindo pelo USDA.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor na semana foi de R$ 19,17 por saca, caindo em relação aos R$ 19,24 por saca da semana anterior, segundo a SEAB. O percentual colhido do milho safrinha é de 9%, com 18% do produto comercializado. No Mato Grosso o percentual colhido, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, é de 9,34%, adiantado em relação à safra passada em três pontos percentuais.

Hoje o futuro de milho de setembro até às 10:59 operava em alta de ↑0,93% no valor de ↑US$ 3,968.

TRIGO TEM ALTAS COM CLIMA

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Na semana, os futuros do trigo apresentaram uma alta de 17,05% que são igualmente explicadas pelas más condições climáticas para a lavoura de inverno americana, que se encontram com um percentual de colheita atrasado (19%) em relação ao que era colhido nas últimas cinco safras anteriores (31%). O tempo seco no Canadá, Europa e Austrália também tem fornecido sustentação ao cereal.

Segundo previsões do site Accuweather, mais chuvas estão previstas nesta segunda-feira para as regiões de Ohio a Kentucky.

No mercado interno, o preço médio recebido pelos produtores, na última semana foi de R$33,80 por saca, o que é abaixo do custo variável de produção de R$ 37,40 por saca, calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) para o mês de janeiro no Paraná.

Hoje o futuro de setembro operava em alta de ↑1,96% até às 10:59 no valor de ↑US$ 5,791 por bushel.

Acesse as análises diárias da commodities no link: http://commodities.sistemafaep.org.br/

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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