Sistema FAEP

Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 28/09/2015

Acompanhe a análise econômica da FAEP sobre a movimentações das commodities

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.

 

SOJA tem alta na sexta, mas já abre em baixa nesta segunda-feira

Os futuros da soja tiveram altas expressivas na sexta-feira, com o contrato de março-16 ganhando 2,36%, recuperando o patamar de preços de duas semanas atrás. O anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de venda de 260 mil toneladas de exportadores privados com destino à China para a safra 2015/16 sustentou os preços. O acordo assinado entre Estados Unidos e China na semana passada, de compra de 13,18 milhões de toneladas nos próximos dois anos também foi favóravel, fortalecendo a demanda.

Além disso, o discurso positivo da presidente do Banco Central americano indicando a alta da taxa de juros antes do final do ano, acreditando em uma economia americana saúdavel, foi favorável para o mercado de commodities. A queda do dólar frente ao real, com a atuação do Banco Central do
Brasil na sexta-feira, também foi vista como apoio para o preço da soja, já que ajuda na competividade do produto americano.

As variáveis macroenômicas seguem como fatores importantes na formação do preço. A alta da taxa de juros americana, os dados sobre a China, as atuações do Banco Central brasileiro para conter a desvalorização cambial, seguem em observação.

É importante lembrar que o patamar de preços internacionais atual segue abaixo dos registrados nas últimas safras (média de US$ 12,13 por bushel nas últimas cinco safras), sob perspectiva de segunda maior safra nos Estados Unidos e recorde de produção na América do Sul. Segundo sites americanos a produtividade das lavouras americanas recém colhidas tem surpreendido os produtores da parte ocidental do cinturão.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor na sexta-feira foi de R$ 70,75 por saca, com queda de 1,43% em relação ao dia anterior, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).

Após o encerramento positivo da semana, os futuros da soja abriram em baixa na data de hoje. O futuro de novembro-2015 perdia ↓0,63% até às 10:00. O futuro de março-2016 era cotado a ↓US$ 8,94 por bushel. O câmbio ganhava ↑0,15% cotado a ↑R$ 3,9785.

Fechamento de sexta-feira:
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MILHO encerra a semana positivo

Os futuros do milho se apoiaram na alta dos mercados próximos, apoiados também pelo leve recuo no real, com atuação do Banco Central, e pela expectiva de que o USDA possa cortar os rendimentos americanos em seu próximo relatório de oferta e demanda em outubro, já que os rendimentos da parte sul e leste do cinturão tem registrado queda com o avanço da colheita.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor na sexta-feira era de R$ 25,10 por saca, com variação de 0,56% em relação ao dia anterior, com 24% das lavouras de verão plantadas, segundo a SEAB.

Na data de hoje até às 10:00 o futuro de dezembro-15 ganhava ↑0,30% cotado a ↑US$ 3,897 por bushel. O futuro de março-16 era cotado a ↑US$ 4,01 por bushel.

Fechamento de sexta-feira:
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TRIGO tem alta na sexta sustentado por clima

Para o trigo as altas registradas foram apoiadas pela preocupação climática de seca na produção da Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.

No mercado interno, a SEAB estima que uma quebra de 10% da safra paranaense já possa ser quantificada em razão do excesso de chuvas, com a produção reduzindo de 3,93 para 3,6 milhões de toneladas. O preço médio recebido pelo produtor na sexta-feira era cotado a R$ 34,97 por saca permanecendo abaixo do custo de produção no Paraná (R$ 43,91 por saca, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento). O preço semanal da terceira semana de setembro de R$ 34,34 por saca está abaixo do preço mínimo.

Fechamento de sexta-feira:
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Acesse as análises diárias da commodities no link: http://commodities.sistemafaep.org.br/

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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