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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 27/04/2015

Confira as cotações de soja, milho e trigo

Por: Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA EM BAIXA POR ENFRAQUECIMENTO DA GREVE NO BRASIL
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Os contratos futuros da soja na CBOT voltaram a fechar com perdas, com o contrato de maio perdendo 0,86%, fechando no valor de US$ 9,69/bushel. No porto de Paranaguá o preço CIF fechou em R$ 66,50 perdendo 0,75%.

O arrefecimento da greve dos caminhoneiros no Brasil aliviou as preocupações do mercado de interrupção da oferta brasileira, fazendo as cotações cederem na última sexta-feira.

Além disso, a preocupação em relação a propagação da gripe aviária nos Estados Unidos tem contribuído para o sentimento de redução da demanda, derrubando os preços.

Fundamentalmente, as informações conhecidas até o momento não contribuem para sustenção dos preços da soja. Colheitas recordes na América do Sul vão se consolidando, com o percentual colhido no Brasil de 91% em comparação a média de 94% das últimas cinco safras anteriores, segundo dados da Consultoria Safras e Mercados. Na Argentina o percentual colhido é de 46%, retornando excelentes produtividades, segundo a Bolsa de Cereales da Argentina.

No Paraná o percentual colhido é de 100%, com percentual comercializado de 48% até 20 de abril, o que representa um avanço em relação aos 31% comercializados anteriormente, e que não fica tão distante da média das últimas cinco safras anteriores de 53%, a partir de dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).

No Mato Grosso, a partir de dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o percentual comercializado até 13 de abril era de 68,5%, com a colheita praticamente finalizada.

Nos Estados Unidos, a previsão de condições climáticas mais secas para a semana, contribuem para continuidade do plantio do milho e início do plantio da maior área de soja na série histórica americana, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No Paraná o preço médio recebido pelo produtor, segundo a SEAB, foi de R$ 57,28/saca.

O enfraquecimento do dólar nos últimos dias, com dados mais fracos que o esperado para economia americana, tem contribuído para reduzir as cotações internas no Brasil.

Na data de hoje, até às 08:44 o contrato futuro de julho na CBOT perdia 0,03%, no valor de US$ 9,70/bushel.

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MILHO EM BAIXA POR CLIMA

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Na última sexta-feira os contratos futuros do milho continuaram a recuar, com o contrato de maio perdendo 1,5%, consolidando na semana uma perda de 3,15%.

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A preocupação em relação a gripe aviária continua a refletir no preço do milho, com temor de redução da demanda americana.
A previsão de condições climáticas adequadas ao plantio, pelo menos nos próximos 10 dias, também pesou sob as cotações na sexta-feira, tendo ainda mais impacto se o relatório de evolução do plantio do USDA de hoje, indicar uma evolução no plantio americano.

No Paraná, segundo a SEAB, a comercialização do milho verão atingiu o percentual de 43% até 20 de abril, o que está em linha com a média de comercialização das últimas cinco safras. O percentual registrado para o milho safrinha foi de 13%.

O preço médio recebido pelo produtor foi de R$ 20,68/saca, segundo a SEAB, o que é apenas R$ 0,32/saca acima do custo de produção calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em janeiro de 2015 para o Paraná.

Na data de hoje até as 08:44 o contrato de julho na CBOT perdia 0,68%, no valor de US$ 3,67/bushel.

TRIGO EM BAIXA POR CLIMA E PLANTIO NO CANADA

 

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A realização dos lucros em relação aos ganhos após os dados das exportações americanas, a perspectiva de plantio de uma área maior no Canadá, a expectativa de melhora do clima nos Estados Unidos contribuíram para as perdas nos contratos futuros do trigo nessa sexta-feira.

De acordo com dados da SEAB, o plantio de trigo no Paraná atingiu até 20 de abril o percentual de 5%. O preço médio recebido pelo produtor até a última sexta, foi de R$ 36,06/saca.

Na data de hoje o contrato de julho na CBOT até às 08:44 registrava perda de 0,26% cotado a US$ 4,87/bushel.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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