Sistema FAEP

Informe – SOJA, MILHO E TRIGO 01/04/2015

Confira a análise econômica da FAEP dos preços da soja, milho e trigo

Por Tânia Moreira, economista do Departamento Econômico da FAEP

SOJA ÁREA E ESTOQUES ABAIXO DO ESPERADO GARAnTEM ALTA DO DIA

Mesmo depois do relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos ter indicando uma área recorde para o próximo plantio de soja, os preços em Chicago fecharam em alta, com o contrato de maio ganhando 0,56% fechando em US$ 9,73/bushel (R$ 70,50/saca porto de Paranaguá CIF).1

A estimativa do USDA é de que a área da próxima safra de soja nos Estados Unidos seja de 84,6 milhões de acres com aumento de 1% em relação ao que foi plantado na safra passada (83,7 milhões de acres) e que resultou na produção recorde na última safra americana, de 108,01 milhões de toneladas. A área estimada se trata da maior área plantada na série histórica.

Curiosamente os preços em Chicago depois de muita oscilação, ficando por vezes no lado negativo, ainda assim fecharam em alta, o que pode ser atribuído aos números do USDA terem vindo abaixo do que o mercado esperava. Para área de soja o esperado, na visão mais otimista, era de até 88 milhões de acres.

Além disso, o número dos estoques americanos até 01 de março também vieram aquém do esperado. O USDA divulgou o número de 1,33 bilhões de bushels enquanto o mercado apostava em 1,346 milhões de bushels, segundo informações da Consultoria Safras e Mercados. O dado do USDA para os estoques até 1º de março vieram 34% acima que os estoques de 2013, para o mesmo período.

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Lembrando que o dado sobre de ontem é uma estimativa que antecede o plantio que deve começar a partir de abril, se intensificar em maio e continuar até junho. Até lá variáveis como o clima e financeiras devem continuar tendo influência na formação dos preços. E a perspectiva de uma área maior, dá a cultura maior chance de ter estoques elevados, o que se tornaria um fator de pressão sobre os preços.

Segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) o percentual comercializado de soja no Paraná até 23 de março foi de 31% contra os 41% comercializado no mesmo período do ano passado. O percentual colhido é de 77% contra os 79% colhidos na safra passada, no mesmo período.

No Mato Grosso o percentual comercializado segundo o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) é de 59,4% contra os 69,9% da safra passada, estando a safra 94% colhida.

MILHO EM BAIXA COM ESTOQUES ACIMA DO ESPERADO E ÁREA COM CORTE ABAIXO DO ESPERADO

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Mesmo depois do USDA indicar que a área de milho na safra 2015/16 pode chegar a ser menor área desde 2010, os preços em Chicago encerraram em baixa, com o contrato de maio perdendo 4,62%, fechando no valor de US$ 3,76/ bushel ( R$ 30,50/saca no porto de Paranaguá CIF).

O problema é que a expectativa do mercado era menor que o número divulgado pelo USDA de 89,2 milhões de acres. As consultorias acreditavam que a redução da área do milho, em favor da soja seria maior.

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O que o USDA estimou: A área do ano passado: O que o mercado esperava:
89,2 milhões de acres 90,6 milhões de acres Máxima 88,7 milhões de acres

O número dos estoques americanos de milho até 1º de março também contirbuiu para perda. O número foi de 7,74 bilhões de bushels  ficando acima do esperado que era de 7,609 bilhões de bushels. Os estoques cresceram 11% em relação aos estoques do ano passado, no mesmo período. Em dezembro de 2014 os estoques eram de 11,2 bilhões de bushels.

Lembrando que o produtor americano tem no meses de abril a maio o período de maior intesidade de plantio do milho, seguindo atendo ao clima e a relação de custos e expectativas de de preço.

TRIGO EM BAIXA MESMO COM CORTE DE ÁREA ACIMA DO ESPERADO E ESTOQUE ABAIXO DO ESPERADO

Apesar do USDA indicar que a área de plantio do trigo ná próxima safra (55,4 milhões de acres) será 2,4% inferior ao plantado na safra passada e que os estoques de trigo até 1º de março são de 1,12 milhões de bushels, com crescimento menor que no milho e na soja em relação ao ano passado, os preços em Chicago registraram perdas (-3,4%), devolvendo os ganhos (+4,4%) na data de ontem ocorridos pela preocupação com a situação climática.

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