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INFORME DIÁRIO SOJA

Após divulgação do relatório do USDA das exportações semanais de soja americana contratos futuros na CBOT registaram nova queda

Por:  Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA BAIXA EM US$/BUSHEL E ALTA EM R$/SACA: ontem após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar o relatório das exportações semanais de soja americana na semana encerrada em 05 de março os contratos futuros na CBOT registaram nova queda. O contrato de maio fechou em queda (-0,23%) no valor de US$ 9,90.
Por outro lado, os preços para a soja em reais fecharam nos valores mais elevados comparativamente as semanas anteriores em que a desvalorização cambial já vinha registrando máximas. O ontem o dólar registrou nova máxima frente ao real (R$ 3,16).

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Quanto aos dados das exportações americanas o USDA divulgou que as exportações líquidas da semana foram de 167,9 mil toneladas, ficando 66% abaixo das exportações da semana anterior (499,5 mil toneladas) e 70% abaixo da média das últimas quatro semanas anteriores. O número ficou bem abaixo dos dados que eram esperados (entre 300 a 575 mil toneladas) pelo mercado e forçaram o preço para baixo. Os dados reforçaram o sentimento de menor demanda pela soja americana, voltando-se para comercialização da soja na América do Sul neste momento.

Embora para as exportações acumuladas (1º setembro até último dado encerrado em 05 de março) da safra 14/15 o número tenha atingindo 98% do previsto pelo USDA para a safra 14/15 e seja 8% maior que as exportações acumuladas do mesmo período do ano anterior.

As exportações para a safra nova 15/16 ficaram em 30,8 mil toneladas contra as 1,7 divulgadas na semana anterior.
O mercado aguarda novos dados no dia 16/03 sobre o esmagamento de soja no Estados Unidos e no final do mês sobre a estimativa de plantio para a safra 15/16.

No Paraná o percentual colhido até segunda-feira (09) era de 52% segundo informações da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB). No Mato Grosso o percentual colhido avançou para 80,5% até ontem (12), contra os 84,6% colhidos na safra anterior no mesmo período segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Além disso, o IMEA divulgou também que 98,5% da área de milho safrinha já foi plantada contra os 97,7% da safra anterior para o mesmo período.

O preço médio recebido pelo produtor no Paraná na data de ontem (12) foi de R$ 60,44/ saca segundo dados da SEAB.
Nos portos Rio Grande e Paranaguá (CIF) as cotações de compra para ontem ultrapassaram R$ 70,50/saca.

Na primeira semana de março os preços de Chicago encerraram com perda de 4,5% e não recuperaram a perda nesta semana, fechando negativo com 0,75%.

Para as variáveis fundamentais permanecem as estimativas de produções recordes, demanda firme, mas com estoques elevados.

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Na Argentina apesar do excesso de chuvas nas semanas anteriores, que na última semana se estabilizou, a Bolsa de Cereais da Argentina continua mantendo uma previsão de colheita de 57 milhões de toneladas, compensando as possíveis perdas ocasionadas pelo excesso das chuvas por uma excelente produtividade em outras área não afetadas.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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