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Governo tenta conter evasão dos jovens no campo

Foi criado um grupo de trabalho para apresentar propostas visando melhorar a qualidade de vida no meio rural

Ações e políticas públicas de apoio os jovens no meio rural será alvo de um decreto do Governo do Paraná para evitar o agravamento da evasão de pessoas do campo. A construção do decreto foi tema de reunião realizada quarta-feira (04) na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em Curitiba, com participação da Assessoria Especial para a Juventude, órgão ligado à Casa Civil.

No encontro, foram debatidos assuntos relativos aos jovens de 15 a 29 anos que vivem no meio rural. Entre eles, valorização dos municípios onde moram, capacitação, lazer, esportes e acesso a terra e serviços de qualidade.

De acordo com o secretário da Agricultura Norberto Ortigara, é fundamental a discussão sobre as políticas para que o jovem se sinta fortalecido para continuar a trabalhar no meio rural. “Sabemos que sem aperfeiçoamento é impossível manter o jovem no campo hoje. Daí a importância articular melhor as ações que podem ser compartilhadas entre as entidades”, afirmou Ortigara.

Por sugestão de Edson Lau Filho, assessor especial de Juventude do Governo do Paraná, foi criado um grupo de trabalho para apresentar propostas visando melhorar a qualidade de vida no meio rural. A partir destas propostas, o governo estadual pretende, inclusive, acionar outros poderes para contribuírem com serviços e ações.

Segundo diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Marcos Brambilla, , a maior expectativa do jovem é ter espaço para trabalhar e obter renda. Para Brambilla, os recursos liberados atualmente pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf-Jovem) não são suficientes para apoiar os empreendedores. “Muitas vezes esse jovem sai do campo para fazer um curso superior e não volta mais”, disse Brambilla.

O representante do Senar-PR, Humberto Malucelli Neto, instituição que atua com capacitação de produtores no meio rural, disse que a produção em escala no meio rural está cada vez mais acirrada e que o jovem precisa ser preparado para enfrentar a concorrência. “É fundamental atuar junto às famílias de agricultores, que devem ser conscientizadas que a profissão é digna e tem potencial”, disse.

Para o diretor-presidente do Instituto Emater, Rubens Niederheitemann, está muito clara a necessidade de um plano de trabalho multiinstitucional para mapear as necessidades dos jovens no campo, como linhas de crédito, assistência técnica, acesso à informação e um trabalho de valorização do meio rural e da profissão.

O diretor do Departamento de Economia Rural, Francisco Carlos Simioni, defendeu uma ação de valorização da jovem mulher no meio rural. “Apesar de todos os avanços que ocorreram para fixar o jovem no meio rural nos últimos 15 anos, como linhas de crédito mais baratas, assistência técnica privada de qualidade, acesso à terra que resultaram na elevação da produtividade, a mulher é a primeira que sai do campo e depois influencia os demais componentes da família.”

Também participaram da reunião representantes das secretarias da Educação e da Comunicação Social. Também será incluída nesta discussão a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.

Fonte: Bem Paraná – 05/03/2015

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