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Gás de xisto: herói ou vilão?

Diversas entidades de defesa do meio ambiente fizeram uma caminhada na região oeste do Estado para alertar a população e cobrar um posicionamento das autoridades sobre os riscos da extração do gás de xisto

Shale gas EROIA Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em novembro do ano passado, ofereceu mediante leilão a possibilidade da exploração do gás de xisto, também conhecido como “shale” gás ou gás de folhelho.

Na ocasião foram arrematados 11 blocos na região Oeste do Paraná pelas empresas Petrobras, Petra Energia, Tucumann Engenharia, Bayar Empreendimentos, Cowan Petróleo e Gás e pela Copel. Além do gás natural, está nos planos destas empresas a exploração do gás de xisto, como anunciou a Copel em nota à imprensa recentemente.

Mas no último dia 30 de maio, a Procuradoria da República de Cascavel propôs Ação Civil Pública (nº 5005509-18.2014.404.7005) com o objetivo de suspender os efeitos da 12ª Rodada de Licitações realizada pela ANP. Dentre as justificativas do Ministério Púbico Federal (MPF) em Cascavel para impedir a operação, está a de que a exploração do gás de xisto pelo método de fraturamento hidráulico (fracking) na Bacia do Rio Paraná “atingirá diretamente o Aquífero Guarani, um dos maiores do Brasil e de alcance transnacional, que está em média de 95% concentrado na Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu, rio federal de importância nacional, inclusive para geração de energia elétrica e abastecimento urbano”. O receio do MPF é que o uso do método de fraturamento hidráulico traga consequências indeléveis para o meio ambiente, para a economia (de base agrícola) e para a saúde da população.

Em resposta à ação do MPF, o juiz federal Leonardo Cacau La Bradbury, de Cascavel, suspendeu na última quarta-feira (04) os efeitos da licitação da ANP. Na sua decisão, ele ordena que sejam realizados estudos mais aprofundados pelo Ibama, a fim de assegurar a viabilidade ou não da técnica do fracking.
Os riscos ao ambientais e geológicos levaram mais de três mil pessoas às ruas de Toledo, vizinha de Cascavel, no último dia 3, para protestar contra a exploração do gás de xisto através do fracking. Diversas entidades de defesa do meio ambiente, representantes da igreja e de movimentos sociais reuniram-se em uma caminhada na região central da cidade com objetivo de alertar a população e cobrar um posicionamento das autoridades sobre os riscos da extração do gás de xisto.
Clique aqui para ler a matéria completa: http://issuu.com/sistemafaep/docs/bi_1262

Fonte: Sistema FAEP

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