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Feijão: Cenário em janeiro de 2011

A colheita de feijão das águas no Paraná, que tradicionalmente termina em março, deve totalizar 550,4 mil toneladas, um aumento de 12% em relação à safra anterior segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – SEAB. No entanto as fases de frutificação e colheita seguem prejudicadas devido ao período muito chuvoso em dezembro e janeiro. São comuns os relatos da ocorrência de doenças e presença de feijão manchado e chuvado, com preços reduzidos .

Mesmo para o feijão que tem qualidade, os preços recebidos pelos produtores estão decrescentes, dado a entrada da colheita, porém estão levemente superiores a janeiro de 2010.

Neste ano, outro ponto favorável é o menor custo de produção que apresentou redução de 8% a 10% em relação à safra passada.

Apesar de preços de 10 a 20% superiores a janeiro de 2010 e redução do custo de produção, a situação ainda não é favorável ao produtor. Os preços atuais seguem em queda e abaixo do preço mínimo atual de R$ 80,00 por saca.

No varejo a redução de preços está mais lenta . O quilo do feijão carioca custou na última semana R$ 3,46 e do preto R$ 2,89 contra R$ 3,84 e R$ 2,98 no mês passado para o carioca e o preto.

Até o momento 20% ou cerca de 110 mil toneladas de
feijão das águas foram comercializadas e 47% ainda estão no período de frutificação. Em termos de qualidade 12% já são classificadas em condição ruim e 25% razoável segundo dados da SEAB.

O plantio da 2ª safra tem início a partir deste mês. Segundo estimativa inicial da SEAB a área de cultivo deve aumentar em 5% resultando em uma produção de 361,5 mil toneladas de feijão das secas ou 23% superior à safra passada. Porém é possível que o incremento na área seja menor e que esta expectativa seja atribuída apenas aos bons momentos nos preços de setembro a novembro de 2010. Atualmente parte dos produtores já estão desestimulados e descapitalizados com o rendimento da 1ª safra.

Outro fator a considerar em relação ao aumento de área do feijão das secas é o bom desempenho do milho no mercado interno e internacional que pode contribuir para um incremento menor na área de feijão.

O produtor Eduardo Medeiros Gomes, do município de Castro, acredita que a área da 2ª safra deva reduzir. Para ele os preços atuais são desestimulantes e devem seguir em trajetória decrescente, além disso a área disponível para o feijão vai concorrer com o milho e soja que prometem cenários futuros bem melhores.

Porém, para o produtor Arceny Bocalon, presidente do Sindicato Rural de São João, o feijão das secas é uma opção interessante porque o milho da 1ª safra teve seu plantio atrasado pelo clima. O milho 2ª safra, que poderia competir com o feijão das secas, terá uma janela de plantio reduzida e o feijão pode ser plantado até março. Segundo Bocalon tem aumentado na região a demanda por sementes de feijão.

Tânia Moreira
DTE/FAEP

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