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Falta de chuvas prejudica safrinha de milho no Paraná

Segundo Deral, 44% dos 2,1 milhões de hectares semeados apresentam condições médias de desenvolvimento e 13% estão em más condições

A falta de chuvas vai prejudicar a segunda safra de milho deste ciclo 2017/18 no Paraná, segundo maior Estado produtor do cereal do país. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado, 44% dos 2,1 milhões de hectares semeados apresentam condições médias de desenvolvimento e 13% estão em más condições.

No levantamento anterior, divulgado em 23 de abril, 93% das lavouras estavam em boas condições e apenas 7% em condições médias.

“Com o déficit hídrico, fatalmente haverá perdas de produção”, afirmou Edmar Gervásio, economista do Deral. Segundo ele, as regiões norte e oeste do Estado não registram chuvas há cerca de 30 dias. No Paraná, até o momento, 16% das plantações estão em desenvolvimento vegetativo, 52% em floração, 30% em frutificação e 2% em maturação. A falta de chuvas nas fases de floração e frutificação pode resultar em quebra considerável.

“Temos uma previsão de chuvas entre 15 mm e 20 mm nos próximos dias, mas precisaria de um volume de 70 mm para melhorar a situação”, explicou Gervásio.

Uma projeção das perdas só poderá ser medida de maneira consistente quando a maior parte das lavouras estiver no fim do ciclo de desenvolvimento. “Mas não restam dúvidas de que revisaremos para baixo a produção já no relatório de maio”, disse o economista do Deral. A última estimativa oficial do órgão apontou para colheita de 12,3 milhões de toneladas de milho na safrinha, 8% menos que a segunda safra do ciclo 2016/17.

Na região de atuação da Cocamar, cooperativa com sede em Maringá (PR), a previsão de produtividade média caiu de 5.183 quilos por hectare para 3.569 quilos. A área semeada com milho de segunda safra na área da cooperativa chega a 547 mil hectares – 450 mil em fazendas do Paraná e 97 mil distribuídos entre Mato Grosso do Sul e São Paulo.
“Podemos revisar ainda mais para baixo essa estimativa de produtividade se não chover”, afirmou o gerente técnico da Cocamar, Renato Watanabe.

Para Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, a quebra da safrinha já é uma realidade no ciclo 2017/18. “Resta ver o tamanho dessa quebra”, disse. Nesta semana, a consultoria AgRural cortou em 2,7 milhões de toneladas a estimativa para a produção de milho safrinha no país, para 57,2 milhões de toneladas, 9,8% menos que na temporada passada.

Fonte: Valor Econômico

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