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Falta de chuvas afeta produção de soja

Clima afeta produção de soja o cenário é mais crítico em Bela Vista do Paraíso, Ibiporã, Sertanópolis, Alvorada do Sul e Primeiro de Maio

 

tn_620_600_soja_londrinaO forte calor e a falta de chuvas já comprometem a safra de soja na região de Londrina. Apesar da expectativa de safra recorde no Estado por causa do aumento na área plantada, o rendimento nas lavouras deve ser menor. Quem esperou um pouco mais para plantar pode ter perdas de até 50%.

O problema se agravou nos últimos dias, principalmente nas plantações localizadas em pontos mais baixos, com menor precipitação. Segundo o gerente regional da Emater em Londrina, Sérgio Luiz Carneiro, o cenário é mais crítico em Bela Vista do Paraíso, Ibiporã, Sertanópolis, Alvorada do Sul e Primeiro de Maio, mas já há casos pontuais em Cambé e em Londrina.

A previsão do tempo para os próximos dias é a mesma das últimas semanas: pouquíssima chuva e muito calor. Ainda que fosse diferente e houvesse expectativa de precipitações significativas, segundo Carneiro, as perdas já são irreversíveis na maioria dos casos. “A soja estaria agora entrando na fase de granação, que é uma fase bastante crítica e precisa de água. Em muitos casos, mesmo que chova, não vai mais adiantar”.

Segundo ele, os produtores que enfrentaram a seca no período de granação da soja devem ter perdas de 30% a 50%. “Quem plantou mais cedo deve colher em torno de 120 a 130 sacas por alqueire. Quem pegou a seca, vai ter uma produção de 70 sacas”, calcula.

Colheita antecipada

Para não perder toda a produção, muitos produtores tiveram que antecipar a colheita. Milton Ariosci esperava colher apenas no fim deste mês a soja plantada na divisa de Cambé com Bela Vista do Paraíso, mas já se prepara para entrar com as máquinas no campo nos próximos dias. Diante das plantas secas e sem folhas, ele já planeja acionar o seguro rural. “Quando os grãos mais precisavam de chuva para se formar, só teve sol e calor. Vamos ter muito prejuízo”, prevê.

De acordo com a engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, Juliana Tieme Yagush, o tempo atípico interferiu no ciclo da soja. “Quando o tempo fica assim, com altas temperaturas e falta de chuva, o ciclo da soja é acelerado. A gente diz que a cultura chegou antes”.

Os números sobre a redução na produtividade no Paraná estão sendo levantados pelos técnicos do Deral e devem ser divulgados no fim do mês. Segundo Juliana, algumas regiões devem ter piores resultados que outras. No Norte do Estado, no entanto, as perdas já são certas. “Alguns municípios, em que a soja ainda se encontra em período de floração e enchimento de grão vão ter mais prejuízos. Já onde os grãos pegaram a seca em fase de maturação, os produtores devem colher sem prejuízos”.

Safra recorde

Há uma semana, o Deral divulgou uma estimativa de 4% de aumento na safra paranaense deste ano sobre a anterior graças ao aumento na área plantada. Um levantamento do departamento apontou que as condições das plantações pioraram entre 27 de janeiro e 3 de fevereiro. O índice que mede a área em boas condições caiu de 94% para 88% nesse período. Segundo o Deral, já foram colhidos 440 mil hectares de soja no Estado.

Fonte: Jornal de Londrina – 07/02/2014

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