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FAEP pede medidas emergenciais à suinocultura

O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, encaminhou documento aos ministérios da Agricultura, Fazenda, Planejamento, Casa Civil e à bancada federal do Paraná, em Brasília, alertando sobre a grave crise que afeta a suinocultura paranaense.
Desde o início do ano os suinocultores passam por uma difícil crise financeira que vem se agravando devido a deterioração da rentabilidade, resultando em preços médios recebidos pelos produtores abaixo do custo de produção.
Segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná – SEAB o preço médio recebido pelo produtor de janeiro a maio foi de R$ 1,79 por quilo, enquanto o custo médio operacional medido pela Conab foi de R$ 2,23 por quilo. Assim, os preços médios ficaram 20% inferiores ao custo operacional de produção.
O aumento no custo da alimentação animal, que responde por mais que 70% do custo de produção, foi um dos fatores que aumentou a diferença entre o custo e o preço neste primeiro semestre. Os preços mais altos da alimentação foram consequência da severa estiagem que atingiu as culturas de verão acarretando aumentos nos preços dos grãos.
A mão-de-obra também, importante componente do custo, se tornou mais cara desde maio com o reajuste do piso regional em 10,32% aumentando o custo do produtor. Atualmente o piso regional do Paraná é 26% superior ao salário mínimo nacional.
 "A situação financeira destes produtores piora a cada dia com as reduções diárias de preço, ao mesmo tempo em que tem início o vencimento das parcelas de custeio e investimento necessárias para o financiamento da atividade", relata o documento assinado por Meneguette. 
Diante deste quadro, a presidência da FAEP solicitou urgentemente as seguintes medidas de apoio à suinocultura: 

? Prorrogação das parcelas de 2012 das operações de custeio e investimento;

? Liberação de Linha Especial de Crédito – LEC para os produtores, vigente até junho de 2013 com reajuste do preço de referência que atualmente é de R$ 1,74 para R$ 2,23 que é o valor do custo operacional de produção;

? Liberação de crédito para retenção de matrizes a taxa de juros de 5,5% ao ano;

? Linha de crédito destinada aos suinocultores para compra de milho a taxa de juros de 5,5% ao ano;

? Criação de preço mínimo de referência na Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM compatível com o custo de produção;

 O documento foi encaminhado ainda ao secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Tibério Dornelles da Rocha; José Carlos Vaz, secretário Executivo do Mapa e ao presidente da CAPDR, deputado Raimundo Gomes de Matos.

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