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colheitadeira de milho

FAEP e entidades do agro encaminham proposta para o Plano Safra 2024/25

Pleitos foram entregues aos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no início de março

Conforme ocorre todos os anos, o Sistema FAEP/SENAR-PR e os sindicatos rurais, em conjunto com a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), prepararam um documento contendo as demandas do setor agropecuário paranaense para o próximo Plano Safra (2024/25), que deve ser apresentado em junho deste ano. Os pleitos foram entreguem no início de março aos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

No início do ano, a FAEP solicitou aos sindicatos rurais que encaminhassem suas demandas locais, com as necessidades de cada setor e cada atividade agropecuária, para que pudessem ser incluídas na proposta conjunta.

O documento, construído em conjunto pelas entidades, detalha as demandas do agro paranaense em relação às linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização do crédito rural. Além de apresentar sugestões para aprimorar as políticas de gestão de riscos, incluindo propostas para o seguro rural e para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

“Esse tipo de pleito costuma ter boa recepção junto ao governo federal, primeiramente porque nossos pedidos são sempre embasados, coerentes. Além disso, a região Sul tem peso na elaboração do Plano Safra. Os três Estados respondem por mais de 30% de toda demanda de crédito. Então é estratégico que sejamos ouvidos”, pontua Jefrey Albers, coordenador do Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Dentre os principais pleitos do agro paranaense estão a disponibilização de um montante total de R$ 568 bilhões para a Safra 2024/25, sendo R$ 383 bilhões para créditos de custeio e comercialização e R$ 185 bilhões para investimentos. Em relação às taxas de juros, o pedido está detalhado conforme cada programa de investimentos, de modo ao percentual mais alto não ultrapassar 9% anuais.

Em relação ao seguro rural, não contemplado no Plano Safra do ano passado, o pedido das entidades paranaenses é de um montante de R$ 2,5 bilhões.

“Outro pleito nosso em relação ao seguro rural é que passe a fazer parte das operações oficiais de crédito. Esse tipo de operação não pode ser contingenciada, ou seja, é mais difícil que haja cortes futuros no que for anunciado”, pontua Albers.

Proposta nacional

Da mesma forma com que as entidades paranaenses unem forças para confeccionar esse documento, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também reúne os pleitos estaduais para apresentar uma proposta conjunta, com abrangência nacional.

Para isso, a CNA está promovendo reuniões regionais, nas quais as federações podem trocar informações. No final de fevereiro, as federações estaduais de agricultura de Santa Catarina e Rio Grande do Sul estiveram no Paraná onde puderam reunir as demandas dos três Estados e encaminhar esse pleito à CNA.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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