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EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO PARANAENSE AUMENTAM 20% NO 1º TRIMESTRE

EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO PARANAENSE

AUMENTAM 20% NO 1º TRIMESTRE

Por: Gilda M. Bozza – Economista da FAEP

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio (MDIC), divulgados hoje mostram que no 1º trimestre de 2012, as exportações paranaenses assinalaram crescimento de 19% em comparação ao mesmo período de 2011. De janeiro a março deste ano, as exportações ficaram em US$ 3,83 bilhões. No mesmo período de 2011, as exportações fecharam em US$ 3,21 bilhões.

Já as importações totalizaram US$ 4,63 bilhões, ou seja, uma evolução de 22% sobre igual período de 2011 (US$ 3,80 bilhões). Com isso, o saldo foi negativo na ordem de US$ 802 milhões, completando oito meses de déficit na balança comercial paranaense.

Exportações do agronegócio do Paraná – No primeiro trimestre de 2012, as exportações do agronegócio paranaense somaram US$ 2,66 bilhões, um aumento de 20% relativamente ao mesmo período de 2011 (US$ 2,22 bilhões), representam 69,5% das exportações totais do Paraná e no entorno de 13,7% das exportações do agronegócio brasileiro (US$ 19,41 bilhões). O saldo das exportações brasileiras do agronegócio no período analisado foi de US$ 15 bilhões.  É o que apontam os dados do agronegócio divulgados pela Secretaria de Relações Internacionais, do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Nas exportações do agronegócio paranaense, os principais agregados setoriais, em ordem decrescente foram: complexo soja, complexo carnes, produtos florestais, complexo sucroenergético.  Esses agregados participam com 80% das exportações do agronegócio estadual.

 
Complexo Soja e Milho – o complexo soja (grão, farelo, óleo, margarina e lecitina), no acumulado de janeiro a março/12 ano registrou uma receita de US$ 1,07 bilhão e representa 40% das exportações do agronegócio, sustentando as exportações parananenses.  Já as exportações de soja em grão totalizaram US$ 634 milhões e um volume exportado de 1,38 milhão de toneladas, resultado do binômio demanda aquecida e preços de exportação.  O aumento registrado na comercialização foi de 278%, saindo de 497 mil toneladas para as 1,38 milhão de toneladas.  No período, o preço médio de exportação da soja em grão foi de US$ 457,34 por tonelada. As exportações de farelo de soja resultaram em receita de US$ 295 milhões. As exportações de óleo (bruto e refinado) somaram US$ 148 milhões.

As exportações de milho geraram receita de US$ 125 milhões e um volume embarcado de 484 mil toneladas.
Complexo Carnes – o complexo carnes (aves, suína e bovina) ocupa o segundo lugar nas exportações do agronegócio estadual. A receita foi de US$ 569 milhões, alavancada pelas exportações de carne de frango. Esse agregado contribui com 21% das exportações totais do agronegócio. As exportações de carne de frango somaram US$ 462 milhões, participando com 81% na geração de divisas do complexo carnes.  O volume exportado foi de 262 mil toneladas. As exportações de carne suína totalizaram US$ 34 milhões e volume exportado de 15 mil toneladas.  Já as exportações de carne bovina apontam recuo na receita, passando de US$ 15,9 milhões para US$ 10,8 milhões. 

Produtos Florestais – terceiro agregado em ordem de valor, o representa 11% do total do agronegócio, bteve receita de US$ 294 milhões, embora registre uma ligeira queda em relação ao mesmo período de 2011 (US$ 295 milhões).  

Sucroenergético – quarto agregado em ordem de importância, as exportações do complexo sucroenergético somaram US$ 207 milhões. As exportações de açúcar respondem por 98% do total do setor e somaram US$ 204 milhões. As exportações de álcool totalizaram US$ 3,1 milhões. 

Café – as exportações do complexo café (café verde, torrado, solúvel, extratos e essências) atingiram US$ 118 milhões, com queda em relação ao mesmo período de 2011, quando totalizaram US$ 119 milhões.

Mercados compradores – houve crescimento nas exportações para a Taiwan (828%); Coréia do Sul (295%); China (206%); Índia (170%); Cingapura (142%%); Hong Kong (49%); Emirados Árabes (45%). Já as exportações para a Rússia declinaram 67%, por conta dos embargos impostos.    O fluxo de exportação também foi maior para a Ásia, de 109% Para a União Europeia houve recuo de 12%.  Quanto ao Oriente Médio observou-se estabilidade no fluxo de exportação.

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