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Exportação de soja renderá mais em 2017

O valor conjunto poderá alcançar US$ 27,6 bilhões no ano que vem, 9,9% mais que o total previsto para 2016, segundo estimativa da Abiove

Em queda nos últimos anos, a receita das exportações de soja e derivados (farelo e óleo) do país deverá voltar a aumentar em 2017. Conforme estimativas divulgadas ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o valor conjunto poderá alcançar US$ 27,6 bilhões no ano que vem, 9,9% mais que o total previsto para 2016 – US$ 25,1 bilhões, 10,3% a menos que em 2015.

Como de costume, as vendas serão lideradas pelo grão. Conforme a Abiove, os embarques da matéria-prima deverão render US$ 21,5 bilhões, aumento de 12,2% em relação à projeção para 2016 (US$ 19,1 bilhões, 8,8% menos que em 2015). Esse incremento reflete a melhor perspectiva para o volume de vendas, que poderá chegar a 58 milhões de toneladas, já que a entidade projeta o mesmo preço médio deste ano: US$ 370 por tonelada.

Para as exportações de farelo de soja, a Abiove estima receita de US$ 5,115 bilhões em 2017, 2,2% acima de 2016, fruto de um volume de 15,5 milhões de toneladas, 8,4% maior, mas de um preço médio 5,7% mais baixo, de US$ 330 a tonelada. No caso do óleo, a receita prevista é de US$ 986 milhões, 4,3% superior ao montante projetado para este ano e proveniente de um volume de vendas similar ao de 2016 (1,35 milhão de toneladas) mas de um preço médio mais elevado (730 por tonelada).

Ainda que a oferta global de soja tenda a crescer nesta safra 2016/17, em fase de colheita no Hemisfério Norte e de plantio abaixo da linha do Equador, Carlo Lovatelli, presidente da Abiove, lembrou que a demanda pela oleaginosa – e por seus derivados – está aquecida. O cenário anima o dirigente inclusive a pressionar um pouco mais o governo a abrir novos mercados para o produto brasileiro no exterior.

Segundo ele, países da Ásia como Coreia do Sul, Tailândia e Vietnã têm consumos elevados do grão e compram muito pouco do Brasil. E, conforme o presidente da Abiove, haveria espaço até para a negociação de uma cota para a exportação de farelo para a China, ainda que o país não importe o derivado e tenha atraído pesados investimentos para a expansão de seu próprio parque de processamento nos últimos anos. Para ele, essa cota poderia ser de até 5 milhões de toneladas por ano.

Se são melhores as perspectivas para as exportações, é igualmente mais positivo o cenário traçado pela Abiove para o mercado doméstico. Com a regularização da oferta interna de grãos, reflexo de uma colheita que tende a bater novo recorde após a quebra do ciclo 2015/16, a entidade, que projeta uma colheita de soja de 101,7 milhões, estima um aumento de 4,6% do processamento, para 41 milhões de toneladas.

Com isso, projeta a produção de farelo em 31,1 milhões de toneladas, 4,7% superior a de 2016 e a de óleo de soja em 8,1 milhões de toneladas, incremento de 3,8%. No caso do farelo, o avanço tende a ser puxado por uma maior demanda dos frigoríficos de aves e suínos, sobretudo no segundo semestre; no do óleo, pelo aumento do percentual da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, de 7% para 8% a partir de março.

“Em 2017, espera-se que a produção de biodiesel cresça para 4,5 bilhões de litros, presumindo que a demanda por diesel B retome os patamares de 2015 com a entrada do B8 a partir de março, o que demandará cerca de 3 milhões de toneladas de óleo de soja”, calcula a Abiove. O óleo de soja é a principal fonte para a produção de biodiesel no Brasil.

Fonte: Valor Econômico – 15/12/16

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