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EUA: Muita produtividade, pouca mão de obra

A visita dos produtores paranaenses ao Meio Oeste americano

Monsanto-(62)Foram nove dias pelo meio Oeste americano passando pelos estados Illinois, Missouri e Iowa, visitando principalmente propriedades familiares que produzem milho, soja e gado. A passagem por propriedades rurais e centros de pesquisas tiveram alguns diferenciais que chamaram a atenção dos produtores paranaenses. A agricultura de precisão é um fato; equipamentos com tecnologia de ponta e de grande capacidade. A alta produtividade com o baixo índice de população no campo, apenas 1%, é resultado de um intenso processo de mecanização do setor agrícola.

Apesar da maioria dos produtores rurais terem silos para armazenagem da produção, eles preferem utilizar o espaço da cooperativa para a armazenagem. A cooperativa faz o processo de comercialização e industrialização, assim como nas usinas de etanol.
O produtor americano se preocupa muito com a comercialização e gestão da propriedade. Na produção eles recebem apoio, normalmente das cooperativas, que ajudam na aplicação de insumos e defensivos agrícolas, com destaque para a aplicação de fertilizantes líquidos. Eles tem uma relação de confiança com a assistência técnica, deixando ao encargo do técnico o diagnóstico do problema e a sua solução.
Em função do clima, a presença de pragas e doenças é reduzida. O inverno rigoroso (menos 39 graus em 2013) impede a proliferação.

Todas as propriedades agrícolas possuem um sistema de drenagem, composto por tubos de PVC perfurados dispostos de acordo com o declive e teor de argila das propriedades. Profundidade 90 cm aproximadamente, abaixo da camada que congela no inverno que é em torno de 70 cm. A distância geralmente é de 50 a 80 metros de distância com comprimentos variáveis de acordo com a localização do canal receptor de água. Toda a água drenada é levada para um canal menor, deste para um canal maior, depois para um rio com destino final para o rio Mississipi, o maior da região. “A região do Vale do Mississipi, é um pântano drenado. É muito interessante esse sistema. Olhando as lavouras é imperceptível”, comenta Lindalvo José Teixeira, presidente do Sindicato Rural de Marialva.

O custo médio da terra está em torno de US$ 25 mil (cerca de R$ 55.000,00) o hectare. Em função do êxodo rural e falta de mão de obra no campo, é raro o aparecimento de um lote para venda e mais raro ainda a sua compra. “Existe também um valor sentimental da propriedade em memória dos antepassados”, observa o presidente do sindicato de Realeza, Antonio Binotto.
O que chama a atenção é que a maioria das propriedades são arrendadas podendo passar por várias gerações de uma mesma família explorando a mesma área arrendada.

Outro fato importante é que os proprietários maiores estão arrendando as terras dos menores que vão para a cidade em busca de empregos. Cada vez mais produtividade com menos produtores.
A troca de experiência entre o grupo de produtores rurais também foi algo produtivo. De diferentes regiões do estado, durante os 15 dias de viagem, eles tiveram a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e a maneira como lidam com a propriedade e com a representação sindical.

A presença de grandes centros de pesquisa voltados para a agricultura permitem o desenvolvimento das melhores sementes e mudas. “A visita à Dow AgroScience foi muito interessante, não imaginava que fosse essa potência com um faturamento de US$ 7 bilhões ao ano e investe 10% em pesquisa. Isso nos dá uma confiança de que as multinacionais, apesar do poder econômico, estão pensando nas atividades agrícolas, inclusive com uma área especifica para estudos das doenças que atingem as lavouras brasileiras, com atenção especial a ferrugem na soja”, diz o presidente do Sindicato Rural de Terra Boa, Valdomiro Peres Jr.
“Eles tem a tecnologia dos alimentos e de medicamentos, o que nos deixa na mão deles, mas se não tivesse essas empresas o que seria da nossa produção?”, complementa Binotto.

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Fonte: Sistem FAEP

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