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EUA liberam importação de carne bovina brasileira

Abate foca o consumo interno

O governo federal confirmou que os Estados Unidos liberaram a importação de carne in natura de 14 estados do Brasil, encerrando uma restrição praticada há 15 anos. A medida favorece a 95% da agroindústria exportadora brasileira, e agora depende que os estados brasileiros se habilitem para a venda da proteína ao país. O anúncio era esperado em virtude da vista da presidente Dilma Rousseff ao país.

A negociação em reunião ministerial com a participação da ministra Katia Abreu, nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) deve publicar nesta terça-feira (30), comunicado oficial em que reconhece o status sanitário do rebanho bovino brasileiro, o Final Rule, necessário para a importação de carne in natura do Brasil.

Zebu representa mais de dois terços do gado de corte do Brasil. Feira em Uberaba mostra até onde o setor pode chegar.

Para que as exportações efetivamente comecem, o Usda irá avaliar a equivalência dos programas de sanidade do Brasil com os dos EUA, além de um realizar uma auditoria presencial nos sistemas de segurança alimentar do país. A medida também foi tomada com relação à carne in natura da Argentina.

Segundo a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Lipovetskaia Palermo, a expectativa é que frigoríficos brasileiros ganhem aval para exportar carne in natura para os EUA a partir de agosto. Atualmente, o Brasil exporta apenas carne processada para o mercado norte-americano. “Nós não temos limitações em questão de número de frigoríficos. Todos que atenderem aos requisitos serão habilitados a partir dessa missão de inspeção”, afirmou.

Com a medida, o potencial de exportação para os EUA é de 40 mil toneladas anuais de carne in natura, disse Tatiana, sendo que a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estima que esse volume poderá chegar a 100 mil toneladas anuais em cinco anos.

“Não vai ser um dos nossos maiores mercados, mas como os Estados Unidos são um país rígido em termos de sua legislação sanitária e fitossanitária, isso nos abre portas de outros mercados, os mercados que têm os EUA como referência”, declarou.

A ministra Kátia Abreu avalia que a decisão do governo Barack Obama é como “ter uma senha” para o acesso a outros mercados.

Os estados beneficiados são: Tocantins, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe.

Fonte: Gazeta do Povo

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