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Energia para aviários: as propostas da FAEP

Quedas de energia elétrica constantes provocam prejuízos nos aviários do Paraná

A avicultura movimentou R$ 19 bilhões no ano passado com uma produção de 8,6 milhões de toneladas no mercado interno em todo o país.  A cadeia produtiva envolve em torno de 170 mil produtores brasileiros e emprega diretamente e indiretamente 3,5 milhões de pessoas. Ao longo de 2014, as exportações somaram US$ 8,5 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

No Paraná, de acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), as exportações de carne de frango do fecharam 2014, com 1,28 milhão de toneladas embarcadas. A cifra representa praticamente um terço de todo o frango exportado pelo Brasil. Ao longo do ano passado foram abatidas 1,56 bilhão de aves, o que significa um crescimento de 7,2% em relação ao resultado registrado no ano retrasado, quando haviam sido abatidas 1,46 bilhão de aves.

Os números revelam e confirmam a importância dessa atividade na economia do país e do Paraná. Entretanto, a queda de energia elétrica se tornou um problema frequente nos aviários paranaenses, provocando prejuízos aos produtores. Somente neste verão, estima-se que 10% da produção tenham sido perdidas, com graves repercussões nos países importadores, desconfiados de nossa eficiência sanitária. Não passa pela cabeça dos importadores que uma súbita mortandade de frangos possa ter como causa a falta de energia.

Diante desse cenário, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, encaminhou, no último dia 25, ofício ao governador Beto Richa, entregue ao Secretário Chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra,  e ao presidente da Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, solicitando medidas para evitar que os produtores continuem tendo prejuízo.  Entre elas, financiamentos a juros baixos e de longo prazo para a compra de geradores, cujos preços de mercado são inviáveis se comparados com a receita líquida dos avicultores.

“A solução encontrada para este problema nos modernos alojamentos tem sido a utilização de geradores a diesel acionados sempre que ocorre uma queda na energia. Contudo, grande parte dos alojamentos são antigos e menores que os implantados nos últimos anos, não possuindo tais geradores, ficando, desta forma, sujeitos aos azares do clima. A Copel, em casos de acidentes, compreensivamente leva horas para reparar o problema e ainda não conseguiu cumprir o seu programa de modernização para atender a zona rural que resolveria em parte a questão”, observou Ágide no documento, anexando o estudo da FAEP que propõe um esquema de compra financiada de geradores com o apoio do Estado.

Desde o ano passado, a FAEP vem lutando sistematicamente para que medidas sejam tomadas em relação aos constantes problemas no fornecimento de energia elétrica, com troca de correspondências e reuniões com o corpo técnico da  Copel, relatando as principais dificuldades dos avicultores em seis regiões produtoras do Paraná. “Além de financiamento a juros baixos e de longo prazo, o estudo preconiza o uso do ICMS como forma de tornar os preços dos geradores mais palatáveis”, mostra o documento assinado por Ágide.  Nesse caso a isenção do imposto ou o uso do repasse de créditos contabilizados em favor das indústrias integradoras para as empresas vendedoras dos equipamentos. “Ou outras soluções que possam surgir no decorrer de negociações e que venham possibilitar a solução do problema”, disse o presidente da FAEP.

A médica-veterinária Ariana Weiss Sera, do Departamento Técnico Ecônomico (DTE) da FAEP, comenta sobre as principais dificuldades dos avicultores

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