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Embrapa aponta medidas para reforçar a biosseguridade em granjas suínas

Estudo inédito da entidade avaliou as condições das estruturas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul

Em novembro de 2017 a Embrapa Suinos e Aves, com sede em Concórdia (SC), publicou o resultado de um estudo inédito que avaliou as condições de biosseguridade em granjas suínas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Por meio de questionários encaminhados às unidades produtivas, os pesquisadores levantaram as informações epidemiológicas, que posteriormente serviram de base para a elaboração de uma proposta para regulamentação dos critérios mínimos de biosseguridade para granjas que produzem suínos destinados ao abate.

Os resultados mostram que se por um lado praticamente metade das granjas avaliadas peca em algum critério de sanidade, por outro, trata-se de algo relativamente fácil de resolver, sendo que muitas medidas podem ser adotadas sem gastar um único centavo.

Segundo o pesquisador de sanidade suína da Embrapa, Nelson Morés, um dos profissionais responsáveis pelo trabalho, a biosseguridade é peça estratégica na produção suína, uma vez que o mercado externo é destino de boa parte da produção. “A atividade de suínos é dependente de mercado exportador e cada vez mais ele olha para questões de seguridade”, avalia.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2016, quase 20% da produção nacional foram exportadas. Naquele ano o Brasil exportou 732 mil toneladas de carne suína, obtendo uma receita de US$ 1,483 bilhão. O Paraná, segundo Estado que mais abate no país, respondeu por 13,18% das exportações.

Segundo Morés, o mercado externo é exigente com relação ao bloqueio de exportação de suínos que apresentem resíduos de antibióticos. “Existe uma procura mundial para fazer uso racional de antibióticos. Para reduzir o uso desses produtos, a biosseguridade é a regra número um”, diz.

Nesse sentido, medidas bastante simples podem trazer grandes resultados. Por exemplo, ter uma roupa e um calçado para utilizar somente dentro da granja. “Não precisa ser uniforme, apenas uma roupa que você não utiliza fora da unidade”, explica o pesquisador. Com isso, evita-se que os trajes tragam junto agentes infecciosos de fora.

Leia a matéria completa aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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