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Economista da FAEP analisa as exportações do agronegócio paranaense

Veja abaixo a íntegra da análise:

Exportações do Agronegócio paranaense no primeiro quadrimestre

Os dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura (Mapa) mostram que no acumulado janeiro-abril de 2011, as exportações do agronegócio paranaense cresceram 33%, passaram de US$ 2,58 para US$ 3,43 bilhões. O agronegócio participa com 72% das exportações totais do Paraná. Os complexos soja, carnes, produtos florestais e sucroenergético respondem por 80% das exportações totais do agronegócio paranaense e soma US$ 2,76 bilhões. O Paraná participa com 12,5% das exportações do agronegócio brasileiro, mantendo o segundo lugar, atrás de São Paulo.

Já as exportações totais do Paraná apontam uma elevação de 23,8% no período analisado.  Passaram de US$ 3,86 para US$ 4,78 bilhões. Complexo Soja (grão, farelo, óleo bruto e refinado). No período em análise, o complexo soja (grão, farelo, óleo bruto e óleo refinado), apontou uma elevação na receita de 36%, isto é, passou de US$ 1,04   para US$ 1,42 bilhões.

Já as exportações de soja em grão registraram queda de receita, haja vista o menor volume embarcado. As divisas arrecadadas caíram de US$ 730 milhões para US$ 725 milhões, apesar de preços 20% superiores. O volume exportado caiu de 1,96 para 1,62 milhão de toneladas. Com relação ao farelo de soja, a receita foi 115% maior, em razão do aumento do volume comercializado. A receita no acumulado de janeiro a abril de 2011 foi de US$ 480 milhões e o volume exportado foi de 1,07 milhão de toneladas. No segmento de óleo bruto, a receita passou de US$ 79 para US$ 175 milhões. Quanto ao óleo refinado, a receita passou de US$ 8 para US$ 41 milhões.

Complexo Carnes (bovina, aves, suína e outras).
O agregado carnes (aves, bovina, suína e outras) mostra um crescimento da receita de 21%, relativamente ao acumulado janeiro-abril de 2010. Passou de US$ 605 para US$ 734 milhões, tendo como pano de fundo a elevação dos preços da carne no mercado internacional. As exportações de carne de frango (in natura e industrializada) passaram de US$ 440 para US$ 576 milhões, ou seja, um aumento de 31%, resultado do aumento do preço da carne de frango. As exportações de carne suína somaram US$ 48 milhões. Nas exportações de carne bovina a receita gerada foi de US$ 21 contra US$ 22 milhões em igual período de 2010. As exportações de carne de peru tiveram receita de US$ 27 milhões.

Complexo Sucroenergético (açúcar e álcool)
O agregado sucroenergético registrou exportações de US$ 203 milhões contra US$ 170 milhões em igual período de 2010, resultante do aumento dos preços do açúcar. O valor das exportações de açúcar foi de US$ 201 milhões contra US$ 137 milhões em igual período de 2010. A receita de álcool foi fraca, caiu de US$ 33 para US$ 2,5 milhões. A quantidade comercializada foi de apenas 2,8 mil toneladas, haja vista o período de entressafra; a safra brasileira começa em abril.  De acordo com informações da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), as exportações brasileiras poderão cair de 1,8 bilhão em 2010 para 1,45 bilhão de litros em 2011. O Brasil tem estimativa de consumo de 24 bilhões de litros e a produção de 25,5 bilhões de litros. Ainda segundo a UNICA, o consumo interno está muito forte e a prioridade é atender a demanda interna.
Cereais, Farinhas e Preparações

A receita com exportações de milho em grão, cresceu 92% sobre igual período de 2010. A receita obtida foi de US$ 91 contra US$ 47 milhões. De janeiro a abril de 2011 foram exportadas 369 milhões de toneladas. Em termos de Brasil, as exportações de milho somaram 2,71 milhões de toneladas com receita de US$ 668 milhões, ou seja, um crescimento da receita de 89% sobre igual período de 2010. Os preços são 30% superiores.  O preço médio do quadrimestre foi de US$ 245,79 por tonelada.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações paranaenses de trigo cresceram 105% no 1º quadrimestre de 2011 e somaram US$ 187 milhões. O volume exportado foi de 638 mil toneladas. O fato é resultado de um cenário interno desfavorável aos produtores. Os principais compradores do produto no período foram Argélia, Turquia e Egito. Já as exportações brasileiras de trigo geraram receita de US$ 715 milhões e um volume exportado de 2,48 milhões de toneladas.

Mercados

Por destino das exportações é importante ressaltar o crescimento do comércio internacional para os mercados: Espanha (331%); Turquia (291%); Egito (279%); França (96%); Rússia (81%); Tailândia (78%); Arábia Saudita (67%); Japão (41%); Itália (33%).   Já as exportações foram negativas para os mercados de Reino Unido (-26%); Hong Kong (-14%); China (-9%); Alemanha (-4%).

 
 

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