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Dividir custos para multiplicar lucros

Grupos de produtores se unem para compartilhar experiências e fazer compras coletivas de insumos

A união também faz a força e a diferença no campo. No Paraná, não faltam exemplos de grupos de produtores e condomínios que se formaram com a finalidade de garantir uma produção cada vez mais eficiente. É o caso do Grupo Agrass, de Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná. Há 16 anos, os amigos Rodolpho Luiz Werneck Botelho, Roberto Eduardo Nascimento Cunha e Renato Augusto Taques de Macedo Cruz, que são engenheiros-agrônomos e produtores rurais, decidiram formar o grupo com o objetivo de trocar experiências e informações sobre o manejo das lavouras, contratar uma assistência técnica permanente e realizar a compra e venda de produtos em conjunto.

Na época, mais seis produtores se juntaram aos três para alugar um conjunto de salas comerciais no Centro de Guarapuavae também contratar uma secretária e um contador. “Inicialmente, o nosso principal objetivo era compartilhar informações em relação ao manejo e o uso de tecnologias, entre outros assuntos”, conta Rodolpho. Na Fazenda Capão Redondo, em Candói, a 47 quilômetros de Guarapuava, ele produz soja, milho e trigo, cria bovinos da raça Angus, ovinos da raça Texel, cavalos da raça Crioulo e faz a Integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF).

No decorrer dos anos, os produtores perceberam que a compra coletiva de produtos agropecuários poderia ser vantajosa para todos os membros do grupo. Calcário, adubo, glifosato, sementes de milho, entre outros, fazem parte dessa lista. “Com o grupo nós conseguimos melhores condições e descontos por causa do volume de compra. Recentemente, por exemplo, compramos um fungicida e conseguimos 17% de desconto”, relata Roberto, produtor de soja, milho e feijão para semente em Pinhão, a 40 quilômetros de Guarapuava.

De acordo ele, outro benefício é o fato de os produtores, que também são agrônomos, contarem com a constante assistência técnica de um engenheiro-agrônomo em suas propriedades rurais. “Esse profissional faz a vistoria das lavouras entre sete (durante o pico das safras) e 15 dias. Nesse mesmo intervalo, o grupo se reúne para discutir os principais assuntos do setor e o andamento das lavouras”, acrescenta Renato, que cultiva soja, milho, trigo e batata em Guarapuava.
Segundo Rodolpho, na última reunião do grupo, os produtores começaram a fazer o planejamento para a próxima safra e discutiram os resultados da safra passada. Na pauta, custo de produção das culturas, o efeito dos fungicidas na cultura de soja, variedades de milho, adubação, entre outros. A ideia de trabalhar em grupo, seja em associações ou condomínios, resulta em uma série de benefícios, uma vez que permite ações conjuntas e troca de informações entre os produtores. “Dessa forma, aprimoramos o nosso conhecimento”, afirma Botelho.

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