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Deral estima safra de soja paranaense em 19 milhões de toneladas

O ritmo da comercialização está lento, com apenas 26% da safra negociada até março, ante 49% do mesmo mês do ano passado

O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), vinculado à secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento, estima a produção de soja paranaense em 19,039 milhões de toneladas na safra 2016/2017. O volume é cerca de 15% superior às 16,5 milhões de toneladas colhidas na safra 2015/16. A produtividade das lavouras cresceu 16% para 60,5 sacas por hectares, devido às condições climáticas favoráveis.

Os técnicos do Deral estimam que até a semana passada os produtores paranaenses colheram cerca de 4,8 milhões de hectares de soja, que correspondem 91% da área total semeada na safra 2016/2017. Na safra anterior 2015/16, no mesmo período o total colhido era de 92%.

Eles explicam que o atraso “é reflexo de um alongamento no ciclo da cultura, que ocorreu no início do plantio e foi causado por um período de dias com menor incidência de luz”. As chuvas ocorridas entre o final de fevereiro e o início de março também contribuíram para atrasar os trabalhos.

Comercialização
Os técnicos observam que, contrastando com o maior volume produzido, a comercialização da soja no Paraná ainda se encontra em ritmo lento. No mês de março de 2016 os produtores paranaenses já haviam negociado cerca de 49% da safra produzida. “No último relatório do Deral, referente ao mês de março de 2017 o total comercializado é de 26%. Este comportamento é reflexo principalmente das cotações menores que os produtores estão obtendo neste período”, dizem eles.

Os levantamento do Deral mostram que em abril do ano passado os produtores estavam recebendo em média cerca de R$ 64 por saca de 60kg de soja. Na última semana os produtores receberam em média cerca de R$ 57/saca.

Eles explicam que a queda de 11% nos preços se deve principalmente à maior oferta de soja. “Estados Unidos, Brasil e Argentina tiveram grandes volumes produzidos, além disso a expectativa de que os Estados Unidos podem semear uma área maior no próximo ciclo, também contribui para que haja pressão sobre os cotações.”

Fonte: Globo Rural

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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