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Curso que ensina produção de abelha rainha melhora produção de mel nas comunidades rurais

Curso que ensina produção de abelha rainha melhora produção de mel nas comunidades rurais

Capacitação de apicultores insere colônias de Paranaguá na cadeia produtiva do mel e derivados. Região é promissora e atividade deve aumentar com novos cursos

“Paranaguá é abençoada para mel. A região é promissora porque possui plantas importantes para produção de mel e que não estavam sendo exploradas”. A definição é do professor Sebastião Ramos Gonzaga, que ensina apicultura e meliponicultura pelo SENAR-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e já formou 72 alunos em Paranaguá em parceria com Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (SEMAPA). Alguns produtores iniciaram as atividades há apenas um ano. Uns já têm mais de 50 colméias, outros chegam a ter até 200 colméias a cada 150 metros.

O mais recente curso de formação profissional rural ofertado na cidade, entre 18 e 22 de outubro, envolveu 13 alunos, a maioria pequenos produtores, seus filhos e gente das comunidades das colônias localizadas na zona rural de Paranaguá. Ânimo novo para quem aprendeu a criação de rainhas de alta seleção.

O programa do curso abordou todas as etapas da cultura, desde a biologia, a fisiologia, o manejo e a divisão de colméia. Tudo em função das abelhas rainhas. Há três ensinando a atividade aos produtores de Paranaguá, o professor Gonzaga acredita que a capacitação especializada do grupo já está gerando frutos.

“Esse é grupo formado por gente que quer criar interessado em produzir mel e própolis de qualidade. Essas pessoas estão motivadas e vão transformar a região num pólo produtor”, aposta Gonzaga, que já ministrou quatro cursos em parceria com a Prefeitura.

O perfil de quem procura um dos cursos de apicultura geralmente é de agriculturas que querem diversificar atividades no campo, gente que quer ingressar na atividade, e outros que já manejam abelhas e querem aprender mais para aumentar a produção.

As técnicas para melhorar o desempenho das atividades apícolas foram ensinadas na Colônia Maria Luíza, na propriedade do senhor Constâncio dos Santos, e na Colônia Santa Cruz, na propriedade do senhor Darci Borba, às margens da PR 508 (Rodovia Alexandra-Matinhos).

DIVERSIFICAR ATIVIDADES AJUDA A GERAR RENDA

Maria Célia Bindi, secretária municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, aponta a diversificação das atividades como fonte de geração de renda aos produtores rurais. “Eles tiveram 40 horas/aula, a maior parte em atividades práticas. Um treinamento dessa natureza profissionaliza tecnicamente e com qualidade os nossos apicultores. Isso vai resultar na melhoria do sistema de produção do mel e seus derivados e vai agregar valor ao produto final, aumentando a renda e melhorando a qualidade de vida das famílias das colônias”, diz Maria Célia, que acompanhou a realização do curso.

As condições para realiza o curso começaram a surgir quando o médico veterinário da SEMAPA, Eric Mariano de Souza reuniu os produtores e moradores do entorno. “É um gripo que vai crescer a médio e longo prazo e será responsável pela produção de mel de qualidade de jataí, abelha abundante na região”, informa o veterinário, um dos alunos do curso.

No curso anterior, ministrado em agosto deste ano, apicultores que fazem parte do projeto Casa do Mel, com estrutura instalada desde 2007 na Colônia Santa Cruz, em parceria com o governo federal e Prefeitura de Paranaguá, foram capacitados outros 15 alunos.

Segundo o professor, a capacitação profissional rural deve ser incentivada nos outros municípios do litoral paranaense. “A Prefeitura e a Secretaria de Agricultura somaram esforços para capacitar esses produtores em vários cursos, desde a abelhinha que não ferrão, e agora com o curso de produção de rainhas. Isso é renda certa, por isso já temos um novo pedido de curso e em 2011 teremos uma nova capacitação. Paranaguá e a região da Alexandra-Matinhos serão um pólo maravilhoso”, avisa o professor.

Fonte: Prefeitura Municipal de Paranaguá
Por Alexandre Motta

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