Sistema FAEP

Congresso irá abordar os avanços da fitossanidade

Com apoio do Sistema FAEP/SENAR-PR, V Conbraf será palco para a discussão sobre as demandas do setor agrícola

As práticas fitossanitárias são indispensáveis para a manutenção de uma boa lavoura e aumento da produtividade. Por isso, mais que estar atento às novidades do setor, é fundamental discutir as estratégias de sanidade vegetal e sua relação com o cenário e as perspectivas da agricultura brasileira. Com esse objetivo, entre os dias 7 e 9 de agosto, acontece o V Congresso Brasileiro de Fitossanidade (Conbraf), em Curitiba. O Sistema FAEP/SENAR-PR é uma das instituições que apoiam o evento.

De acordo com o presidente do V Conbraf, Marcelo da Costa Ferreira, o Congresso irá permear todo o contexto que envolve a fitossanidade, desde a identificação dos microorganismos causadores de patologias até os mecanismos de controle. O intuito é abordar, principalmente, o status de sanidade atual e que rumo deve tomar nos próximos anos. A programação foi elaborada para atingir diversos públicos, entre professores, pesquisadores, representantes de agroindústrias e produtores rurais.

“Vamos debater as estratégias que devem ser utilizadas para que o Brasil não sofra de problemas fitossanitários, a questão das fronteiras, para que pragas de outros países não adentrem aqui, as demandas dos setores produtivo e privado e os parâmetros do mercado fitossanitário que envolvem todo esse setor”, detalha Ferreira.

Temas

Exemplo da didática proposta é a palestra sobre os aspectos legais e agronômicos de misturas em tanque, uma prática amplamente utilizada pelos agricultores brasileiros, mas que ainda causa uma série de dificuldades. “A calda sanitária é o resultado dessa mistura que o produtor aplica no campo. Muitas vezes, não ficam bem uniformes durante a mistura e, na hora da aplicação, param no filtro e interferem no circuito do pulverizador. É um aspecto do dia a dia e o produtor sofre bastante”, observa Ferreira.

Outro tema envolve a fruticultura, importante setor para a conjuntura brasileira, visto que o país ocupa a terceira posição no ranking mundial de produção de frutas. Segundo o pesquisador em Entomologia e Controle Biológico da Embrapa Clima Temperado Dori Edson Nava, as chamadas moscas das frutas talvez sejam o maior problema da fruticultura do Brasil e do mundo. Na palestra, Nava irá apresentar os principais gargalos que dificultam o controle por parte dos fruticultores.

“O manejo de mosca das frutas no Brasil sempre foi realizado com o uso de controle químico. Mas hoje, sabemos que é difícil manejar pragas com inseticidas, especialmente porque esses produtos estão saindo do mercado e está cada vez mais difícil ter um produto com boa ação sobre moscas”, antecipa.

O pesquisador irá abordar as tendências atuais de monitoramento e controle dessa praga, destacando os métodos com maior taxa de sucesso. “Três técnicas já são empregadas em grandes áreas: uso do inseto estéril, iscas-tóxicas e atraentes alimentares. Ainda existe o controle biológico, um trabalho que estamos realizando no Brasil junto com outros pesquisadores”, ressalta Nava. Na palestra serão abordados os principais resultados de pesquisas sobre o tema dos últimos 10 anos.

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Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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