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Conab estima nova recorde na produção de grãos

Projeção aponta que safra 2019/2020 pode chegar a 248 milhões de toneladas: um aumento de 2,5% em relação ao ciclo anterior

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra 2019/20 de grãos atinja a produção de 248 milhões de toneladas. Se a projeção for confirmada, o volume produzido será 2,6% (e 6,1 milhões de toneladas) maior que o ciclo anterior, 2018/2019, e consistirá no novo recorde de produção.

A expectativa para a área semeada é que sejam cultivados 64,2 milhões de hectares ou o equivalente a uma variação positiva de 1,5% em comparação à da safra anterior. As condições climáticas, que apresentaram certa instabilidade no início do plantio de verão na maioria das regiões produtoras, tomaram agora um ritmo de normalização. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nessa etapa.

De acordo com o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, os bons indicadores que sinalizam a obtenção de novo recorde de produção se deve especialmente ao bom desempenho dos financiamentos para o setor.

“Nunca se teve uma liberação e contratação tão forte de crédito oficial como o registrado nos primeiros seis meses do plano safra (julho a dezembro)”. O que representa, na avaliação do secretário, o sentimento de confiança, de credibilidade não apenas dos produtores, mas também das cooperativas e dos agentes financeiros na agricultura brasileira.

Culturas

A soja vem mantendo a tendência de crescimento nesta temporada. A projeção é de que o grão registre aumento da produção de 6,3% na comparação com o ciclo passado, chegando a 122,2 milhões de toneladas produzidas. A área plantada registrou um crescimento de 2,6%, com 36,8 milhões de hectares.

Quanto ao milho primeira safra, a previsão é de aumento em 1,1% na área semeada, totalizando 4,15 milhões de hectares e uma produção de 26,6 milhões de toneladas, com ganho de 3,8% sobre a de 2018/19. A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja.

O algodão, apesar da tendência de crescimento significativo de área nas duas últimas safras, apresentou uma variação positiva menor de 2,7%, atingindo 1,6 milhão de hectares. Já a produção do caroço deve chegar a 4,1 milhões de toneladas e a da pluma em 2,8 milhões de toneladas.

Os números do feijão primeira safra mostram redução de 1,9% na área em comparação com a temporada passada. A cultura perde espaço para a soja e o milho que apresentam melhor rentabilidade. Também o trigo cuja safra está finalizada, deve alcançar 5,15 milhões de toneladas e redução de 5% em relação a 2018. O arroz apresenta tendência para uma redução de 0,7% na área e produção de 10,5 milhões de toneladas.

Fonte: Mapa

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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