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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 24/04/2015

Acompanhe a análise econômica sobre a soja, milho e trigo

Por Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA EM ALTA POR GREVE NO BRASIL

Na data de ontem os contratos futuros recuperaram as perdas anteriores, com o contrato de maio fechando em US$9,783/bushel com alta de 0,79%.

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A retomada dos protestos dos caminhoneiros no Brasil foi o principal fator de suporte, dado a solicitação da categoria para criação de uma tabela de fretes mínimos contra a criação de uma tabela de referência de preços proposta pelo governo. O receio de que o escoamento da safra brasileira possa ser comprometido, faz a demanda voltar-se para a soja americana, dando suporte aos preços em Chicago.

O enfraquecimento do dólar na data de ontem foi outro fator de suporte. O câmbio terminou o dia no valor de R$ 2,981, com dados maiores que o esperado pelo mercado, sobre o número de pessoas que solicitaram seguro desemprego nos Estados Unidos até 18 de abril. Além disso, uma retração maior que esperada na venda de residências em março, também acentou as perdas.Do lado brasileiro, a divulgação do balanço da Petrobrás trouxe um alívio ao câmbio, embora os dados não tenham sido positivos, mostrando um prejuizo de R$ 21,6 bilhões.

Em Paranaguá a cotação CIF perdeu0,74%, fechando em R$ 66,50/saca.

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No mês o preço em Chicago para o contrato de maio acumulou alta de 0,57% suportado por notícias de clima, gripe aviária, greve de caminhoneiros, enquanto o dólar perdeu 6,7%, o preço CIF Paranaguá 5,76% e o preço médio recebido pelo produtor, a partir de dados da SEAB, 5,43%.

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Atuaram no sentido contrário à alta das cotações na data de ontem:

  • Exportações americanas mais fracas na semana encerrada em 16 de abril, com queda de 67% em relação à semana anterior e 29% na média das últimas quatro semanas. Apesar de que no acumulado da safra as exportações americanas atigiram 48,63 milhões de toneladas, contra o previsto para para o ano de 48,72 milhões de toneladas e 44,60 milhões de toneladas do ano anterior no mesmo período, segundo dados do USDA.
  • A aceleração da colheita na Argentina, tendo atingido até 23 de abril, o percentual de 46%, com excelentes produtividades, segundo a Bolsa de Cereales da Argentina.
    A previsão de colheita de 58,5 milhões de toneladas na Argentina, acima do esperado, a partir de dados da Bolsa de Cereales.
  • As perspectivas de melhores condições climáticas nas próximas semanas nos Estados Unidos, fornecendo perspectivas positivas ao plantio da maior área de soja na série histórica americana, prevista pelo USDA.
  • A continuidade da preocupação em relação a propagação da gripe aviária nos Estados Unidos.

Na data de hoje até as 08:44 o contrato de julho na CBOT perdia 0,31 %, no valor de US$ 9,77/bushel, com o câmbio abrindo em R$ 2,981.

MILHO EM BAIXA POR EXPORTAÇÃO E CLIMA

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Sem novidades fundamentais no quadro do milho, dando continuidade ao plantio da nova safra americana, com perspectivas climáticas favoráveis ao plantio na próxima semana, os contratos futuros do milho da CBOT fecharam o dia em baixa. O contrato de maio perdeu 0,60%.

Dados das exportações acumuladas até a data de 16 de abril também contribuíram para fraqueza. Segundo o USDA no acumulado da safra as exportações foram de 39,48 milhões de toneladas contra o previsto de 45,72 milhões de toneladas e contra as 43,07 milhões de toneladas exportadas no ano anterior no mesmo período, apesar das exportações da semana terem crescisdo além da expectativa do mercado.

Segundo informações da Bolsa de Cereales da Argentina o percentual de colheita até 23 de abril foi de 25,7%, priorizando os trabalhos de colheita na soja.

No Paraná o preço médio recebido pelo produtor na data de ontem foi de R$ 20,73/saca, muito próximo da média do custo de produção operacional calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em janeiro de 2015, no valor de R$ 20,36/saca.

Na data de hoje até as 08:44 o contrato de julho na CBOT perdia 0,46%, no valor de US$ 3,75/bushel.

TRIGO PREDOMINANTEMENTE EM ALTA

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As altas nos contratos de julho, setembro e outubro foram sustentadas por dados positivos das exportações americanas na semana encerrada em 16 de abril. As exportações de 397,5 mil toneladas cresceram significativamente em comparação a semana anterior em que haviam sido exportadas 47,9 mil toneladas.

O preço médio recebido pelo produtor no Paraná, segundo a SEAB, foi de R$ 36,01/saca, frente a um custo operacional médio calculdo pela Conab de R$ 43,91/saca.

Na data de hoje o contrato de julho na CBOT até às 08:44 registrava perda de 0,30% cotado a US$ 4,99/bushel.

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