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Colheita de verão no PR ganha fôlego com pausa nas chuvas

O ritmo acelerado dos trabalhos nos últimos dias aponta que quase 10% da área de 5,2 milhões de hectares de oleaginosa foram colhidos

Depois de quase 15 dias de chuvas intensas que tiraram o sono de muitos produtores, por conta da possibilidade de perdas de produtividade, a colheita de verão no Paraná ganhou ritmo na última semana. O tempo seco permitiu que as máquinas entrassem nas lavouras para retirada da safra de soja e, em seguida, a semeadura do milho safrinha.

O ritmo acelerado dos trabalhos nos últimos dias aponta que quase 10% da área de 5,2 milhões de hectares de oleaginosa foram colhidos. Apesar do atraso e da chuva, tanto no plantio como na colheita, a avaliação ainda é de uma super safra estadual.

Na região de Campo Mourão, no oeste do Estado, os produtores retomaram a colheita animados com as primeiras cargas de soja. Nos dias sem chuvas, os irmãos Cesar e Marcos Zanin acordam às 4 horas da madrugada para preparar os equipamentos e, logo nas primeiras horas de sol, seguir para a lavoura de 20 hectares no distrito de Jumirim, em Engenheiro Beltrão, para a colheita da oleaginosa e plantio do milho safrinha.

“Estávamos ansiosos pela colheita e os resultados das primeiras cargas estão acima da média”, relata Cesar, após colher, em média, 4 mil sacas por hectare. “Essa safra está sendo abençoada. Choveu bem e fez calor suficiente para o bom desenvolvimento da lavoura. Não podemos reclamar”, complementa Marcos.

Como o excesso de chuva eleva o índice de doenças, incluindo a ferrugem asiática, a dupla reforçou o cuidado com a lavoura. “Para evitar perdas, foram três aplicações de fungicidas e investimentos em adubo foliar. Não economizamos”, reforça Cesar.

Para pagar os custos de produção na casa dos 1,5 mil quilos por hectare, os irmãos Zanin já venderam parte da produção. Eles negociaram cerca de duas mil sacas de 60 quilos a R$ 64 cada. “Estamos tento perdas por conta do contrato, mas os prejuízos serão revertidos em uma maior produtividade. Vamos aguardar preços ainda melhores para vender o restante da produção”, conta Marcos.

Fonte: Gazeta do Povo – 26/01/2016

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