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Clima perigoso para a safrinha de milho

Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo confirmaram que o fenômeno La Niña deve acompanhar o clima brasileiro até o final do semestre, proporcionando às lavouras chuvas abundantes na etapa inicial do ciclo e forte redução dos índices pluviométricos na fase final de desenvolvimento das plantações.

“Já percebemos forte diminuição do regime de chuvas de dezembro para janeiro e esse comportamento deve se intensificar a partir de agora. No Paraná, regiões agrícolas isoladas ficaram até 25 dias sem água neste mês”, observa Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Instituto Nacional de Meteoro­logia (Inmet).

O agrometeorologista do Instituto Somar, Marco Antonio dos Santos aponta para redução expressiva nas precipitações entre abril e maio no estado. “O prolongamento do período chuvoso está condicionado ao aquecimento das águas oceânicas na Região Nordes­­te do país. Nenhum modelo indica isso neste momento”, relata.

Os meteorologistas informam também que as temperaturas devem cair acentuadamente com a chegada das primeiras massas de ar frio no Sul do país. “A previsão de frio intenso não significa que teremos geada, mas aumenta a vulnerabilidade das plantas às doenças, além de prolongar o ciclo da cultura”, explica Lazinski.

Para Santos, as baixas temperaturas podem favorecer o desenvolvimento do milho, principalmente à noite, quando há maior queda dos termômetros. “O frio incentiva a formação de orvalho, que por sua vez, pode garantir umidade à planta”, complementa.

Apesar das incertezas climáticas, os produtores paranaenses devem apostar na safrinha com aumento na área destinada ao cereal, estimulados por projeções de bons preços e também por confiarem na técnica de plantio direto e nas condições do solo. A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) deve divulgar a primeira estimativa de plantio para a safrinha do Paraná no final deste mês. Mas, de acordo com a técnica do Departamento de Economia Rural (Deral) Margorete Demarchi, o terreno destinado ao cereal deve crescer pelo menos 10% em relação à última temporada. No inverno de 2010, o estado reduziu pela segunda vez consecutiva a sua área de cultivo de milho, que alcançou 1,366 milhão de hectares. Com produtividade de 82,5 sacas por hectare, o estado colheu 6,76 milhões de toneladas.

Fonte Gazeta do Povo – 20/01/2011

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