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Chuvas de última hora renovam safra no Paraná

Após um período seco entre setembro e outubro, chuvas constantes nas últimas semanas permitiram o bom desenvolvimento das lavouras de soja

A apreensão que tomou conta dos produtores paranaenses no plantio deu lugar ao otimismo na época de colheita. Após um período seco entre a segunda quinzena de setembro e primeira de outubro, chuvas constantes nas últimas semanas permitiram o bom desenvolvimento das lavouras de soja. Apenas o Norte e o Oeste deve registrar perdas e, ainda assim, os prejuízos devem ser pontuais. A constatação é da equipe da Expedição Safra que percorreu na última semana cerca de 2 mil quilômetros pelos Campos Gerais, Norte, Centro-Sul e Oeste do Paraná.

Devido ao atraso na semeadura, a colheita ainda não ganhou força no estado. Porém, no geral, o que se vê são plantações em ótimo estado. “A seca pegou as lavouras em desenvolvimento vegetativo, mas, quando as plantas entram na fase de enchimento, a chuva veio”, contextualiza Lucas Simas de Oliveira, supervisor da gerência técnica da Coamo, de Campo Mourão. A cooperativa projeta produtividade média de 3,2 mil quilos por hectare, mas áreas onde o trabalho já começou estão alcançando até 3,8 mil kg/ha.

A equipe técnica da Cocamar, de Maringá, também revisa para cima as previsões após as chuvas recentes. “Não tivemos situação ideal no plantio, mas o clima virou. Teremos uma ótima safra”, diz o gerente de produção da cooperativa, Leandro Cezar Teixeira. As primeiras colheitas alcançam picos de 4 mil kg/ha.

Esta é a produtividade esperada pelo produtor Luiz Alberto Palaro na propriedade de 250 hectares que mantém no município de Floresta. “Depois de outubro o clima foi maravilhoso. A chuva veio na hora certa”, comemora Palaro, que teve produção reduzida pela seca na temporada passada.

Nos Campos Gerais, o clima também colabora. A colheita, que só começa em março, deve ser uma das melhores dos últimos anos. “Não tivemos nenhum problema e o desenvolvimento da lavoura está sendo maravilhoso”, aponta o produtor Irapuã Kiel, de Castro. Por conta do baixo preço do milho, ele dedicou 100% dos 960 hectares à oleaginosa.

O Oeste é a exceção. Com mais de 60% das lavouras colhidas, cooperativas da região calculam perdas de 12%. “Teve área que ficou 20 dias sem chuva”, relata o produtor João Paulo Buttini, de Palotina, que está colhendo 300 quilos a menos por hectare.

Fonte: Gazeta do Povo

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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