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Chuva prejudica lavoura de milho no Oeste

Produtores alegam que umidade excessiva trouxe doenças. Perdas podem chegar a 50%, estimam agricultores

O inverno, que começou no dia 21 de junho, promete ser seco, mas com temperaturas irregulares no Paraná. O clima previsto para os meses de julho e agosto destoa do que ocorreu no Estado no fim do outono, quando grandes precipitações de chuva foram registradas em várias regiões paranaenses. A previsão de baixa umidade traz alento aos produtores, que viram suas lavouras de milho safrinha sofrerem com as chuvas em maio e no começo de junho.

No Oeste, os produtores que plantaram o cereal no começo do ano tiveram dificuldades para iniciar a colheita por causa do terreno encharcado. Mas relatos de agricultores indicam a possibilidade de perdas na colheita de inverno. Em Palotina, a incidência das chuvas trouxe doenças para o milho. Segundo o produtor Nestor Antônio Araldi, algumas variedades do cereal podem ter perdas de até 50% da lavoura. “Por causa da chuva, metade da espiga fica podre. A umidade entra pela ponta da espiga e vai apodrecendo para baixo. O grão fica ardido”, afirma Araldi, que também é presidente do Sindicato Rural de Palotina. “Vamos ter de esperar secar para jogar fora”, afirma o produtor que destinou 250 hectares para o milho safrinha.

Em Terra Roxa, o excesso de chuva também trouxe doenças, como a Mancha Branca, para o milho. “O pé fica fraco. Qualquer vento mais forte derruba a planta”, conta o produtor Ademir Ferreira de Pádua. De acordo com relatos de produtores, a parte inferior das plantas chegou a apodrecer. O plantio na maioria das propriedades de Terra Roxa começou na metade de janeiro. “Quem plantou antes está sofrendo mais”, alega Pádua, que tem 300 hectares de lavoura de milho.

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Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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