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China retalia tarifas dos EUA e adota taxas sobre soja

Os investidores se questionam se uma das piores disputas comerciais em muitos anos pode agora se tornar uma guerra comercial em larga escala

A China respondeu rapidamente nesta quarta-feira (4) aos planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adotar tarifas sobre 50 bilhões de dólares em bens chineses, retaliando com uma lista de taxas similares sobre importações dos Estados Unidos como: soja, aviões, carros, uísque e produtos químicos. O valor cobrado será de 25%.

A velocidade com que a disputa comercial entre Washington e Pequim está ganhando força –o governo chinês levou menos de 11 horas para responder com suas próprias medidas– levou a uma forte liquidação nos mercados acionários e de commodities.

Os investidores se questionam se uma das piores disputas comerciais em muitos anos pode agora se tornar uma guerra comercial em larga escala entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

“O pressuposto era de que a China não responderia agressivamente demais e evitaria aumentar as tensões. A resposta da China é uma surpresa para algumas pessoas”, disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics, lembrando que nenhum dos dois lados falou ainda em aplicação das tarifas.

“É mais um jogo de provocação, deixando claro qual seria o custo, na esperança de que ambos os lados possam chegar a um acordo e nenhuma dessas tarifas entre em vigor”, disse ele.

A lista de Pequim de tarifas adicionais de 25 por cento sobre bens dos EUA cobre 106 itens com um valor comercial que corresponde aos 50 bilhões de dólares visados na lista de Washington, disseram os ministérios do Comércio e de Finanças da China. A data efetiva depende de quando a ação dos EUA entrar em vigor.

Diferentemente da lista de Washington, que foi preenchida com muitos itens industriais obscuros, a lista da China afeta produtos importantes de exportação dos EUA, como soja, carne congelada, algodão e outras commodities agrícolas importantes produzidas em Estados do Iowa ao Texas, que votaram em Donald Trump na eleição presidencial de 2016.

A lista chinesa cobre ainda aeronaves que provavelmente incluiriam modelos mais velhos da Boeing Co como o jato 737, mas modelos mais novos como o 737 MAX ou seus aviões maiores. Um porta-voz da Boeing em Pequim recusou-se a comentar.

Fonte: Notícias Agrícolas.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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