Sistema FAEP

Cerca elétrica

Opção mais barata e eficiente do que cerca convencional só vale a pena se for bem feita

A velha frase do “barato sai caro” cai como uma luva quando falamos da instalação de cercas elétricas. O equipamento, que custa cerca de 30% do preço de uma cerca convencional, é recomendado para criações de animais, porém, quando o produtor não aplica corretamente a técnica, ou então decide economizar, ou até “improvisar” na escolha dos materiais, o prejuízo é certo.

A diferença de preço entre uma cerca elétrica e uma convencional deve-se à quantidade de estacas, que no equipamento elétrico pode ter um espaçamento grande, entre 10m e 30m, dependendo da topografia do terreno. De acordo com o tipo de criação, pode se usar menos linhas, no caso de vacas em lactação, apenas um fio eletrificado é o suficiente. Além disso, o custo da energia utilizada é pequeno, equivale a uma lâmpada.

Em algumas situações, seu uso e ainda mais recomendado, como em casos onde a área cercada não é definitiva. É o caso do técnico agrícola da Emater e produtor de leite em Laranjeiras do Sul, Joaquim Grzybowski. Ele conta que na sua região é comum trabalhar no verão com lavoura e no inverno com pastagem, desta forma “Não tem como trabalhar com cerca definitiva porque o pessoal fica piqueteando”, explica.

Grzybowski conta que na sua região muitos produtores tiveram experiências ruins com cerca elétrica porque usavam materiais inadequados, ou faziam a instalação incorretamente. “Se for mal feita não segura o animal”, avalia. Ele mesmo teve prejuízo na sua propriedade por conta disso. “Caiu um raio perto da cerca, mas como não estava 100% aterrado, correu pelo fio, matou uma bezerra e danificou os equipamentos, até o resfriador de leite”, lembra.

Os prejuízos da instalação mal feita de uma carca elétrica vão desde danos a equipamentos até a perda de animais, que fogem quando a cerca não funciona. Segundo o instrutor do curso de Construção de Cerca Elétrica do SENAR-PR, Juliano da Silva, os erros mais comuns na instalação do equipamento são:

Aterramento mal feito: “O pessoal escolhe mal o material que vai usar, tem que ser três hastes galvanizadas ou cobreadas, mas já vi colocarem foice velha, enxada, lima, ferro de construção, tudo isso não dá aterramento, porque oxida”.

Arame inadequado: “Muita gente escolhe uma camada leve de galvanização, tem que ser uma camada pesada, pra não oxidar”.

Mangueira de qualidade: “A mangueira que vai dentro da estaca tem que ser própria para isso, mas o pessoal usa até mangueira de chuveiro, isso não isola corretamente”.

Diferente do que se pensa, esse tipo de equipamento não judia do animal, não corta como faz a cerca convencional e não existe a possibilidade de matar. Segundo o instrutor “O que mata é a amperagem e nós ensinamos a usar uma amperagem pequena”, diz. Segundo ele o próprio produtor pode instalar a cerca, a única restrição é não usar marca-passo, pois uma descarga elétrica eventual pode danificar o equipamento cardíaco.

Para aprender a instalar corretamente a cerca elétrica, o SENAR-PR disponibiliza o curso Cerqueiro: Construção de Cerca Elétrica. Em 2013 o SENAR-PR realizou 38 cursos em todo Paraná, este ano, até o momento, já foram realizados 16.

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