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Campanha Plante Seu Futuro reduz em 56% a aplicação de inseticidas

Em 152 Unidades de Referência distribuídas em todo o Estado, foram aplicados inseticidas, em média, 2,1 vezes para o combate de pragas na safra de soja de verão, o que corresponde a uma redução de 56% sobre a média de aplicações feitas no Paraná

A campanha Plante Seu Futuro avança no Paraná e conscientiza cada vez mais os agricultores interessados em reduzir os custos nas lavouras, preocupados também em manter suas terras produtivas e com preservação do meio ambiente. Em Cascavel, em um seminário realizado nesta quarta-feira (15), foram apresentados os resultados obtidos nas Unidades de Referência, propriedades que seguem os preceitos da campanha e que são assistidas pelos técnicos do Instituto Emater.

Na safra de soja 2014/15 foi avaliada a aplicação das técnicas dos programas Manejo Integrado de Pragas e Manejo Integrado de Doenças, com foco na incidência da ferrugem asiática, que causa prejuízos econômicos preocupantes às lavouras.

Em 152 Unidades de Referência distribuídas em todo o Estado, foram aplicados inseticidas, em média, 2,1 vezes para o combate de pragas na safra de soja de verão, o que corresponde a uma redução de 56% sobre a média de aplicações feitas no Paraná, que é de 4,8 vezes durante todo o ciclo da lavoura.

O coordenador da campanha Plante Seu Futuro na área de manejos integrados de pragas e de doenças, Nelson Harger, chamou a atenção dos produtores presentes no seminário para a redução no número de dias para a primeira aplicação de inseticidas nas lavouras. Enquanto no Paraná esse tipo de aplicação se faz, em média, aos 35 dias, nas unidades de referência a primeira aplicação foi feita somente com 64,5 dias, ou seja, com prorrogação de 29 dias.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara participou do evento e falou da importância da economia com a redução do uso de agrotóxicos nas lavouras. “Não somos contra o uso desses produtos, mas defendemos o monitoramento das lavouras, que deve ser feito pelo produtor e pelo técnico como instrumento de tomada de decisões para que a aplicação seja feita de forma racional”, afirmou.

Para Harger, estes resultados positivos podem ser alcançados se o produtor adotar boas práticas de produção e buscar uma assistência técnica qualificada. Por isso, uma das estratégias adotadas pela campanha Plante Seu Futuro é a busca de conhecimento e informações, com a participação de produtores e técnicos agrícolas em feiras, seminários e exposições técnicas.

DOENÇAS – Em relação à aplicação da técnica de Manejo Integrado de Doenças, o resultado também foi mais interessante na redução das aplicações de fungicidas, que caiu de 2,4 vezes por ciclo de lavoura, em média, no Estado, para 1,4 vezes nas Unidades de Referência. Em relação à primeira aplicação nas propriedades, a diferença foi de 10 dias. Nas Unidades de Referência, a primeira aplicação de fungicida nas foi feita aos 69 dias, enquanto no Estado essa introdução é feita, em média, com 59 dias.

De acordo com Harger, cada propriedade assistida recebe, no mínimo, uma visita semanal para o monitoramento (contagem) de pragas e inimigos naturais e coleta de lâminas para avaliação da presença de esporos da ferrugem asiática. A orientação para o controle químico é feita somente quando a doença for causar perdas econômicas importantes na lavoura.

O técnico ressaltou que as tecnologias utilizadas no Manejo Integrado de Pragas e Doenças são referendadas pela pesquisa e também bastante eficientes. Entretanto, ele insistiu que elas exigem a presença constante de mais profissionais nas lavouras. Por isso, sugere que os técnicos formem grupos de agricultores para que os profissionais possam atender os produtores de uma a duas vezes toda a semana para acompanhar todos os estágios das lavouras.

CONTROLE – Nestas visitas os técnicos monitoram as lavouras por meio da contagem das populações de pragas e inimigos naturais, num pano branco denominado “pano de batida”, recomendando ou não o uso de inseticidas. Conforme a campanha Plante Seu Futuro, o uso de inseticidas deve ser adotado somente quando a população dos insetos encontrados provocar danos econômicos às lavouras.

O monitoramento da ferrugem asiática da soja é feito através dos coletores de esporos instalados nas propriedades, com avaliação da presença ou não de esporos viáveis da doença. A partir daí, é tomada a decisão sobre a necessidade da aplicação de fungicidas, sempre associando esta informação com as condições climáticas favoráveis ou não ao desenvolvimento da doença.

A Campanha Plante Seu Futuro está no segundo ano de execução em uma parceria do Governo do Paraná com entidades como Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Itaipu Binacional, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Ocepar, entre outras.


Fonte: AEN – 15/07/2015

 

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