Sistema FAEP

Cadeia do leite se mobiliza em prol da qualidade para conquistar novos mercados

Ministério da Agricultura está com consulta pública aberta sobre Instruções Normativas que tratam de boas práticas da produção à industrialização

Produtores, sindicatos, federações, indústrias e demais envolvidos na cadeia do leite têm se debruçado sobre um debate que há muito tempo ocupa boa parte dos espaços de discussão sobre a atividade: qualidade. Desta vez, o que motiva uma intensificação dessa mobilização é o fato de o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ter aberto uma Consulta Pública sobre a Instrução Normativa (IN), relacionada aos parâmetros de qualidade que devem apresentar os leites cru refrigerado, pasteurizado e o tipo A. A mesma Instrução também estabelece critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial.

Essa consulta está estabelecida nas portarias 38 e 39, publicadas no Diário Oficial da União no dia 26 de abril de 2018, com prazo de 60 dias para envio de sugestões – até 25 de junho. Entre os aspectos tratados pela nova regulamentação estão a redução de temperatura na conservação do leite em diferentes etapas do processamento, teor mínimo de gordura, proteína, entre outros. Há ainda elementos relacionados à definição de ferramentas utilizadas dentro da cadeia (o que é granja leiteira, contagem padrão em placas, boas práticas agropecuárias, entre outros aspectos), previsão de plano de qualificação de fornecedores, de instalações e equipamentos, uso de tanques comunitários, coleta e transporte e outros pontos relacionados.

Diante do debate, o Sistema FAEP/SENAR-PR participaativamente da consulta pública com atenção em torno da defesa dos interesses dos produtores. O tema concentrou as discussões da reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, no dia 8 de maio, em Chapecó, Santa Catarina (leia mais O presidente da Comissão Técnica de Leite da FAEP e coordenador da Aliança Láctea, Ronei Volpi, e técnicos da entidade participaram do encontro. “A melhora na qualidade é uma necessidade demandada pelo consumidor e também um aspecto fundamental para alcançarmos o patamar de exportador de lácteos”, relata o médico veterinário e técnico do Sistema FAEP/SENAR-PR, Alexandre Lobo Blanco, presente na reunião.

Para o economista especialista em defesa comercial e negociações internacionais, Welber Barral, os desdobramentos deste debate terão impacto positivo nas exportações de leite brasileiras. Hoje, a venda de lácteos ao mercado internacional tem participação de menos de 1% nos alimentos exportados pelo Brasil. “Está havendo um aumento constante na produção nacional de leite, o que faz com que haja uma pressão muito grande sobre o preço interno. A primeira grande função da exportação é diminuir essa pressão para baixar a cotação. O cálculo inicial é que, se o Brasil exportasse 5% da sua produção de leite em pó, só isso teria potencial de elevar em 10% o preço interno do leite”, estima.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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