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Brexit derruba commodities agrícolas

Brexit derruba commodities agrícolas

Saída do Reino Unido da União Europeia mantém pressão na cotação dos grãos negociados internaiconalmente

Os movimentos financeiros derivados da decisão do Reino Unido de se desligar da União Europeia derrubaram os preços das commodities agrícolas nas bolsas americanas na sexta-feira e prometem manter as cotações sob pressão nas próximas semanas, à espera sobretudo da consolidação das novas relações cambiais entre o dólar americano, o euro e a libra.

Em Chicago, onde são negociados os grãos – as commodities agrícolas de maior liquidez -, a soja sentiu mais o baque, mas também porque investidores especulativos aproveitaram a confusão para realizar lucros. Os contratos futuros com vencimento em agosto, que atualmente ocupam a segunda posição de entrega, caíram 2%, para US$ 11,0150 por bushel.

Conforme analistas, do ponto de vista dos fundamentos de oferta e demanda as notícias também foram baixistas. Isso porque o clima tem sido favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas nesta temporada 2016/17

Mas milho e trigo também recuaram. Os papéis de segunda posição de entrega do milho (setembro) fecharam a US$ 3,89 por bushel, 0,9% menos que na véspera. No caso do trigo, a segunda posição (setembro) caiu 0,2%, para US$ 4,65 por bushel.
Para Steve Cachia, da corretora Cerealpar, está entre os que acreditam que a fuga dos fundos de investimentos de ativos de risco observada na sexta-feira vai continuar nos próximos dias em Chicago, o que deve provocar uma erosão maior das cotações de soja, milho e trigo.

Pedro Dejneka, da consultoria AGR Brasil, concorda que a turbulência na relação entre dólar, euro e libra afastam os fundos momentaneamente do mercado de commodities, mas diz que, no momento, os efeitos do clima nos EUA sobre os preços são mais importantes.

Fonte: Valor Econômico

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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