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Brasil propõe grupo de monitoramento formado pelos países do Brics

Objetivo é debater temas como a facilitação do comércio agrícola e de medidas sanitárias, além de outros obstáculos ao fluxo mais eficiente de produtos agropecuários

Durante a reunião ministerial de agricultura e desenvolvimento agrário do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Deli, na Índia, na semana passada, o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, defendeu o aprimoramento da cooperação multilateral para garantir a segurança alimentar mundial, o que passa pelo fortalecimento da agricultura. Ele também destacou a sustentabilidade agrícola brasileira, que tem o papel decisivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no desenvolvimento de tecnologia e inovação.

De acordo com Blairo, é necessário fortalecer o setor agrícola para acabar com a pobreza. Isso também exigirá investimento no desenvolvimento econômico de pequenos e médios agricultores e na inovação do mercado.  “É preciso que o mundo reconheça a importância da agricultura e dos agricultores. Sem produtores, não há comida.” Para ele, o cooperativismo é um dos caminhos mais promissores para alcançar esse objetivo.

Ele propôs ainda que o Brics crie um grupo de monitoramento para tratar de temas como a facilitação do comércio agrícola e de medidas sanitárias, além de outros obstáculos ao fluxo mais eficiente de produtos agropecuários. “A abertura dos mercados agrícolas tem papel fundamental nas políticas de segurança alimentar e nutricional, porque amplia e diversifica a oferta de alimentos e garante o bem-estar da sociedade.”

Em seu discurso, o ministro ressaltou que o Brics tem importância na formulação de políticas multilaterais, especialmente na área agrícola. “Este bloco econômico representa 42% da população mundial e 14% do PIB global.” Na avaliação de Blairo, o Brics precisa avançar em suas conquistas. “Sem isso, não mudaremos a vida dos cidadãos que representamos aqui.”

Desenvolvimento sustentável

O ministro ressaltou também que setor produtivo tem papel importante na conservação da biodiversidade. “É fundamental que o desenvolvimento no campo seja sustentável. No Brasil, usamos apenas 8% do território para o plantio, 19,7% para a pecuária e 13% estão reservados aos índios. Hoje, 61% da área do país ainda está conservada. Produzimos 200 milhões de toneladas de grãos e podemos duplicar este volume, sem agredir o meio ambiente, graças à tecnologia.”

Segundo Blairo, a Embrapa tem dado grande contribuição à sustentabilidade brasileira. Com o desenvolvimento de tecnologia e inovação, a empresa promove diversas iniciativas, como a recuperação de pastagens degradadas, a ampliação das áreas de plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta, a adoção de técnicas de fixação de hidrogênio e o tratamento de resíduos animais.

Fonte: Mapa

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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