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Brasil deve colher 55 milhões de toneladas de milho de segunda safra

Redução de área e de uso de tecnologia, atraso no plantio e problemas climáticos em diversos locais de produção foram os principais fatores de redução na colheita deste ano

O Brasil deve colher neste ano em torno de 55 milhões de toneladas de milho de segunda safra, estima a consultoria Agroconsult, 13 milhões a menos que no mesmo período em 2017, quando a colheita no período foi estimada em 68 milhões de toneladas. Somando o volume de “safrinha” com a safra de verão, a consultoria acredita em uma colheita total de 82 milhões de toneladas na safra 2017/2018.

Sócio diretor da Agroconsult, Andre Pessoa comentou esses números durante o 8º Encontro de Previsão de Safra Anec/Anea, organizado por exportadores de cereais e algodão, em São Paulo (SP). Os dados foram resultado das últimas etapas do Rally da Safra, organizado pela Agroconsult, que analisaram lavouras de milho de meio de ano.

De acordo com o consultor, as produtividades caíram em todas as principais regiões produtoras. Redução de área e de uso de tecnologia, atraso no plantio e problemas climáticos em diversos locais de produção foram os principais fatores de redução na colheita deste ano. A expectativa inicial da Agroconsult para a safrinha de milho 2017/2018 era de 65 milhões de toneladas.

“A quebra só não foi maior porque as produções de Goiás e Mato Grosso surpreenderam positivamente, apesar de alguma coisa plantada fora da janela ideal e por conta da capacidade de plantio e colheita que o produtor tem hoje, com máquinas que corrigiram o atraso”, explicou.

Apesar das adversidade, Andre Pessoa disse acredita que as margens para o produtor de milho foram positivas. Segundo ele, poucos agricultores devem ter prejuízos com a cultura no Brasil.

Exportações

A Agroconsult também diminuiu a estimativa para as exportações de milho. Inicialmente, o número estava em 31 milhões de toneladas e, agora, em 28 milhões. De acordo com André Pessoa, os indicadores de venda antecipada de milho estão “robustos”. A maior dificuldade é a de escoar a produção até os portos.

“Haverá um volume menor para o mercado externo do sul do Brasil, em função da quebra no verão e da safrinha mais curta. O centro sul está com preços aquecidos, operando acima da paridade o que faz com que o impeto de exportação seja menor. Em Goias e Mato Grosso, os números de escoamento serão maiores”, disse Pessoa.

Em relação aos preços, o sócio diretor da Agroconsult avaliou que, se não fosse a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que deve ter novos desdobramentos nesta sexta-feira (6/7), o viés das cotações internacionais do cereal seria de alta. A safra de milho dos Estados Unidos vem apresentando boas condições, mas os estoques tiveram forte queda, o que ajuda a dar suporte aos preços.

“Eu vejo um cenário de preços de milho entre US$ 3,50 e US$ 4, mas não acima de US$ 4 (por bushel)”, avaliou André Pessoa.

Fonte: Revista Globo Rural.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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