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Bolsa: relatório do USDA aponta maior produção mundial de soja e preços devem cair

Por Gilda Bozza, economista da FAEP

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgou na última sexta-feira (8), o relatório mensal de novembro, contendo a oferta e demanda mundial de grãos. O relatório trouxe novos números para a soja e milho, tanto para os Estados Unidos como para os demais produtores mundiais. Em relação à oleaginosa, os números indicam uma recomposição dos estoques mundiais e provavelmente os preços devem cair.

A produção mundial tem previsão de 283,54 milhões de toneladas e estoques finais de 70,23 milhões de toneladas. Os Estados Unidos deverão produzir 88,67 milhões de toneladas, ou seja quase 3 milhões a mais que o relatório de setembro. As expectativas de mercado apontavam entre 85,46 milhões a 89,81 milhões de toneladas. Já a produtividade norte-americana passou de 46,72 sacas por hectare para 48,75 sacas por hectare. Os estoques finais norte-americanos têm estimativa de 4,63 milhões de toneladas contra 4,08 milhões de toneladas projetadas no relatório de setembro (outubro não houve relatório por questões internas nos Estados Unidos, divergência entre o senado e a Casa Branca).

No que tange às exportações, o USDA revisou os números passando de 37,29 milhões para 39,46 milhões de toneladas. O preço previsto para 2013/2014 pelo USDA situa-se entre US$ 25,35 a US$ 28,99 saca de 60.kg.

Para o Brasil o relatório manteve a produção brasileira de soja em 88 milhões de toneladas.  Quanto às exportações brasileiras do grão, a estimativa do relatório é de 44 milhões de toneladas, volume superior ao estimado no relatório de setembro (42,5 milhões de toneladas). Com isso, o Brasil permanece à frente dos Estados Unidos, ocupando a posição de principal exportador mundial de soja.

A produção mundial de milho está prevista em 962,83 milhões de toneladas e estoques finais de 164,44 milhões de toneladas. Para os Estados Unidos, a estimativa do USDA situou-se abaixo do esperado pelo mercado.  Mesmo assim, a previsão ficou acima do número divulgado já dois meses (relatório de setembro), sinalizando uma produção norte-americana de 355.320 mil toneladas. O estoque final norte-americano foi previsto em 48 milhões de toneladas, o maior estoque norte-americano desde 2005. A produtividade estimada é de 10.057 kg por hectare (167,61 sacas por hectare).

Já para o Brasil, o relatório aponta uma produção de milho de 70 milhões de toneladas, considerada baixa pelo mercado. Os números brasileiros (CONAB E IBGE) estimam uma safra brasileira de 79 milhões de toneladas.

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