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Avicultura paranaense foca no mercado muçulmano

Diante do aumento do consumo de frango pelos países do Oriente Médio, indústrias do Estado que realizam o abate halal alavancam os negócios

A avicultura paranaense tem passando por transformações significativas nos últimos anos. Algumas de ordem sanitária, outras por necessidades econômicas e até mesmo envolvendo questões religiosas. De olho no efervescente mercado muçulmano, que representa 28% da população mundial, os frigoríficos do Estado estão cada vez mais adaptados para realizar o abate halal, palavra árabe que significa “legal, permitido”.

Os países muçulmanos, importantes compradores de frango do Paraná, proíbem o abate mecânico dos animais, que é o padrão nas indústrias. A exigência para que a proteína seja comprada e posteriormente consumida é o abate manual, com uso de utensílios adequados, como faca suficientemente afiada para evitar o sofrimento do animal e a morte rápida. Outras diretrizes do sistema halal são o processo ser acompanhado por um inspetor muçulmano treinado para a função, placas com a frase “Alá seja louvado” – em árabe – espalhadas pelo local de abate e uma sala de oração voltada em direção a Meca, onde os trabalhadores podem realizar as orações durante o expediente.

Atualmente, 31 abatedouros de frango no Estado, espalhados em todas as regiões, realizam o procedimento halal, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) (veja a lista na página 8). E, esse grupo deve aumentar, conforme a demanda dos mercados islâmicos.

“A procura pela certificação halal, que atesta a segurança e qualidade do processo de produção, tem aumentado consideravelmente. O crescente mercado muçulmano justifica o interesse das plantas paranaenses”, ressalta Ariana Weiss Sera, médica- -veterinária da FAEP.

No ano passado, 35% das 1 milhão de toneladas de frangos exportados pelo Paraná tiveram como destino o Oriente Médio. Entre os cinco principais mercados consumidores da proteína branca produzida por aqui, Arábia Saudita (22%) e Emirados Árabes (9%), que exigem abate halal, fazem parte da lista. Os demais são União Europeia (13%), China (11%) e Japão (9%).

Leia a matéria completa aqui.

 

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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