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Assistência técnica alavanca produção de leite em Castro

Pequenos produtores da região de Castro conseguiram elevar de forma significativa a produção de leite, graças a uma experiência bem sucedida iniciada em 2000, fruto da união de forças e da cooperação técnica entre o Instituto Emater, a prefeitura e do município e a cooperativa Castrolanda. O projeto é pioneiro e os resultados foram apresentados ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que percorreu as propriedades.

O projeto começou com 87 propriedades selecionadas que produziam em torno de 230 litros de leite por dia. Hoje estão incluídas mais de 150 propriedades que conseguem produzir acima de 500 litros de leite por dia, alavancando ainda mais a produção de leite de qualidade na região. Castro é o município que mais produz leite no país, segundo o ranking do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O projeto tem como base assistência técnica e investimentos nas propriedades.

A cooperativa Castrolanda pediu o auxílio da Emater e da prefeitura para elevar a produtividade das propriedades na região, aumentando a escala de produção, e melhorar a logística de captação. Denominado "Projeto de Profissionalização do Pequeno Produtor de Leite", o programa atingiu o seu objetivo, que era de obter produção acima de 500 litros de leite por dia por propriedade, disse o coordenador estadual do leite da Emater, Hernani Alves da Silva.

Na década de 90, o produtor José Maria Morgan tinha um pequeno rebanho com 20 vacas leiteiras e produzia 150 litros de leite por dia, que entregava na cooperativa Castrolanda. Na época, ele era avesso a fazer financiamentos bancários e não conseguia expandir sua atividade porque não tinha capital. Por orientação do técnico da Emater, que fez o projeto técnico e identificou viabilidade na sua execução, o agricultor fez empréstimos a juros subsidiados que lhe permitiram comprar um resfriador de leite, construir uma sala de ordenha e aumentar o rebanho.

Em 2008, José Maria conseguiu readequar a propriedade, que hoje tem 64 hectares de área, entre terras próprias e arrendadas, onde mantém um rebanho de 125 vacas da raça Jersey, sendo que 82 estão em lactação. A produção atual é de 1.735 litros de leite por dia e o produtor quer evoluir para 1.800 litros de leite por dia. Ele está satisfeito com o preço pago pela cooperativa, em torno de R$ 1,11 o litro, na média, sendo remunerado pela qualidade do leite que está entregando.

Conforme acompanhamento da Emater, as condições sanitárias da produção são boas e hoje a propriedade é certificada pelo programa de Boas Práticas da Fazenda da Nestlé, que compra leite da cooperativa Castrolanda.

Avaliação

Para o presidente da Castrolanda, Franz Borg, o modelo faz o resgate do pequeno produtor e a inserção de pessoas numa atividade que permite obter renda o ano todo. Segundo ele, a conta da cooperativa não fecharia se fosse atender o pequeno agricultor "porque arcaria com os custos da assistência e capacitação", explicou.

Diário dos Campos Gerais

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