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As sugestões da FAEP e OCEPAR para a comercialização do trigo

Os presidentes da FAEP, Ágide Meneguette e João Paulo Koslovski, da OCEPAR, encaminharam documento aos ministros da Agricultura, Fazenda, Planejamento, ao presidente da Conab e ao secretário de Política Agrícola (MAPA) pedindo o destravamento do mercado de trigo. “Isso só ocorrerá”, diz o texto, “caso o governo intervenha na comercialização da safra 2010, apoiando a transferência para outras regiões, exceto sul, sudeste e centro-oeste, ou para o exterior, via PEP, de pelo menos 2,0 milhões de toneladas”. Considerando os atuais preços de mercado para o produto classes pão e brando e os preços mínimos vigentes, há necessidade de subvenção de R$ 130,00 a tonelada para os produtoresreceberem o preço mínimo, complementa.

E em função da atual falta de liquidez, a FAEP e a OCEPAR sugerem a prorrogação do pagamento da primeira parcela do custeio da safra, para 30 dias após o vencimento da última parcela prevista no contrato original. Por fim, pleiteia o imediato pagamento dos AGFs pendentes da safra 2009, no montante de R$ 43 milhões. Para resolver esta situação o governo deverá determinar que a data limite de comercialização da safra 2009 seja estendida para 30/11/2010.

A safra
Levantamento de previsão da safra brasileira 2010/11, efetuado pela CONAB, evidencia a queda de 11,7% na área cultivada de trigo no Brasil e no Paraná, o principal estado produtor. A previsão da produção brasileira é de 5,44 milhões de toneladas, 8,3% maior do que a frustrada safra de 2009. No Paraná, a colheita já ocorreu em mais de 85% da área e a previsão de produção soma 3,2 milhões de toneladas. Os preços que vigoravam aos produtores do Paraná, antes da elevação ocorrida com a quebra da safra russa, variavam entre R$ 22,20 a R$ 23,00 a saca ou R$ 370,00 a R$ 383,00 a tonelada. Após a quebra aumentaram para R$ 25,70 a saca ou R$ 428,00 a tonelada.

As cotações internacionais do cereal passaram de US$ 4,50 a US$ 5,50 para US$ 6,7 a 7,8/bushel. “A elevação da cotação internacional do trigo é de três a quatro vezes maior do que a elevação dos preços recebidos pelos produtores paranaenses”, lembra o documento aos ministros, Conab e MAPA.

Tal situação é decorrente:

» da baixa taxa de câmbio que favorece as importações;

» do financiamento de 360 dias para o produto importado;

» da disponibilidade de 6,6 milhões de toneladas de produto paraguaio, argentino e uruguaio para exportação;

» da existência de 150 mil toneladas de produto da safra passada, somente no Paraná, ainda por comercializar;

» e da disponibilidade de 82% da produção da atual safra paranaense 2010 (ou 2,7 milhões de toneladas), porque apenas 18% da produção já foram comercializadas pelos produtores.

“Isso sem considerar que o governo ainda não pagou aos produtores operações de AGF referentes à safra 2009, cuja documentação já foi entregue a CONAB entre março e maio passado, no montante equivalente a aproximadamente 65.000 mil toneladas, atingindo cerca de 3.000 produtores e 14 Cooperativas” conclui a exposição da FAEP e OCEPAR.

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