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Área de adubos especiais em expansão

Na esteira da expansão agrícola brasileira, o mercado brasileiro de fertilizantes especiais cresceu a uma taxa anual de 15%, em volume e faturamento, nos últimos três anos e deverá manter esse ritmo nos próximos anos, conforme Clorialdo Roberto Levreiro, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo).

A entidade representa 65 empresas de adubos orgânicos, organominerais, foliares, condicionadores de solo e substratos. Nas últimas décadas, com um salto em genética -variedades mais produtivas e resistentes a doenças- e o desenvolvimento tecnológico de outros insumos, como defensivos e máquinas, agora é a nutrição que faz a diferença, observam representantes do segmento. As quantidades demandadas pela planta variam conforme o nutriente. Assim, na ausência de um elemento a planta não cresce normalmente e nem se reproduz.

Nos últimos cinco anos, a adoção desse tipo de tecnologia de nutrição vegetal aumentou de forma significativa no Brasil diante da necessidade de se elevar a produtividade agrícola, lembra Franco Borsari, do conselho técnico da Abisolo e diretor da consultoria BBAgro Global.

Dependendo da cultura e das condições das lavouras, os ganhos com os micronutrientes e outros adubos especiais são significativos. De acordo com pesquisa realizada pela empresa Ítale, o uso desses produtos na cultura da soja pode promover ganhos de produtividade entre 8% e 25%. A soja ainda é o carro-chefe do ramo.

A Abisolo ainda não dispõe de números precisos sobre o segmento no país. Por isso, realiza com o Ministério da Agricultura um levantamento sobre o mercado. A expectativa é obter os dados em seis meses. Já a consultoria BBAgro Global estima que o segmento de fertilizantes foliares e via sementes teve vendas brutas de R$ 2 bilhões no país em 2012. Para 2013, o faturamento deve alcançar R$ 3 bilhões, incluindo os produtos com aplicação pelo solo.

Neste ano, o mercado deve representar 194 milhões de litros de adubos especiais e alcançar 288 milhões de litros em 2022, quase 50% de aumento. Cerca de Vinte por cento desse crescimento virá do maior volume usado por quem já adota a tecnologia e 28% pelo aumento de adoção da tecnologia, conforme a BBAgro Global. Há grande interesse, principalmente por parte de empresas europeias, em participar desse mercado no Brasil.

Valor Online

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