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Ampliação de cais do Porto de Paranaguá favorece exportações do agro

Obras aumentaram em 140% a capacidade de movimentação no berço 201. Novos investimentos estão revistos

Inaugurada em 22 de setembro, a ampliação do cais do Porto de Paranaguá vai trazer impactos diretos ao agronegócio paranaense. As obras de modernização e ampliação em 100 metros do berço 201 aumentaram em 140% a capacidade atual de movimentação naquele ponto, favorecendo as operações. Para essas intervenções, a Portos do Paraná, empresa pública que administra o terminal, investiu R$ 201,7 milhões. Além disso, o governo do Paraná autorizou investimentos privados de R$ 117,7 milhões no porto, o que deve favorecer a ampliação das exportações de açúcar.

“Tudo isso vai aumentar sobremaneira as nossas exportações e melhorar o escoamento da produção. É um berço a mais e vai suscitar a consolidação de um novo corredor de exportações, interligado ao atual, e com capacidade para se desenvolver bastante”, avalia o consultor de logística da FAEP, Nilson Hanke Camargo, que também é membro do Conselho de Administração do Porto de Paranaguá.

A ampliação permite que o berço 201 receba navios maiores, capazes de embarcar até 80 mil toneladas de carga bruta, principalmente de graneis sólidos. Essas embarcações são consideradas de grande porte e classificadas em uma categoria chamada de Post Panamax. A obra beneficia diretamente o agronegócio do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, além do Paraguai.

Além do prolongamento do cais, o berço 201 também recebeu melhorias, como uma nova estrutura eletromecânica, que inclui dois novos shiploaders (carregadores de navios), com capacidade de operar 2 mil toneladas por hora. Com isso, a capacidade de movimentação saltou de 2 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas de grãos por ano. Com as obras e os novos sistemas, o Porto de Paranaguá se tornou mais competitivo em relação a outros terminais do país, principalmente nos embarques de produtos do agronegócio.

“A competição entre os portos é muito forte. Estamos a 200 quilômetros dos portos de Santa Catarina e a 400 quilômetros de Santos. Se não for mais competitivo operar por Paranaguá, as empresas migram para outros portos. Por isso é necessário investimento constante”, ressalta o presidente diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Embarques de açúcar Na inauguração das obras, o governador do Paraná, Carlos Massa Júnior, assinou a autorização para que a empresa Paraná Operações Portuárias (Pasa) aporte investimentos de R$ 117,7 milhões no complexo que mantém no Porto de Paranaguá. A Pasa utiliza uma área arrendada no terminal e, no fim de agosto, o contrato foi aditado, passando a valer até 2049.

Nesse período, a empresa deve instalar novos equipamentos e construir um novo armazém em seu complexo. Com os investimentos totais, a previsão é de que a capacidade do terminal aumente das atuais 3,6 milhões de toneladas para 6,7 milhões de toneladas por ano. A primeira fase de investimentos deve ser concluída até fevereiro de 2022. Nesta etapa, a Pasa vai construir uma nova linha de embarque, com a instalação de um novo shiploader, com capacidade de movimentar 2,5 mil toneladas por hora.

Em uma outra fase, a empresa projetou a construção de um armazém com capacidade para 60 mil toneladas de açúcar ou de 45 mil toneladas de outros granéis sólidos. A expectativa é de que esta infraestrutura esteja pronta até fevereiro de 2023. Os investimentos privados no porto devem contribuir para a ampliação do volume exportado pelo Paraná.

“Isso vai ampliar nossa capacidade de exportação de açúcar para 7 milhões de toneladas por ano, tornando o Porto de Paranaguá um grande terminal exportador de açúcar e de outros produtos”, afirma Miguel Rubens Tranin, diretor- -presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), cujas empresas associadas utilizam o terminal.

Canal de acesso será aprofundado

O canal de acesso do Porto de Paranaguá vai ter sua profundidade aumentada. Na inauguração das obras, o governador do Paraná, Carlos Massa Junior, assinou o contrato e a ordem de serviço para as obras de derrocamento submarino de um maciço rochoso. Ou seja, a rocha será removida, permitindo o aprofundamento do canal de acesso para 14,6 metros de profundidade. Desta forma, os navios vão poder sair do terminal com um volume maior de carga, além de a navegação e operação do Porto de Paranaguá se tornar mais segura.

“Junto a outros projetos de modernização, como a expansão do corredor exportação de grãos, vamos ampliar a capacidade dos próximos 30 anos, para atender a demanda de crescimento do agronegócio brasileiro”, afirma o governador.

Totalmente custeada pela Portos do Paraná, a obra deve começar dentro de quatro meses, com o investimento de R$ 23,2 milhões. Segundo a empresa pública, a cada metro de profundidade, o porto ganha a capacidade de operacionalizar mais 7 mil toneladas ou 120 contêineres extras por navio.

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Bruna Fioroni

Jornalista com formação em UX Writing e UX Design. Tem experiência em produção de reportagens e roteiros, criação de conteúdo multimídia, desenvolvimento de estratégias de comunicação e planejamento de campanhas de marketing, com foco na experiência do usuário. Atualmente faz parte da equipe de Comunicação do Sistema FAEP.

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