Sistema FAEP/SENAR-PR

Ágide alerta Dilma sobre inflação do feijão

Negligência do governo prejudica produtores e ameaça custo de vida

O presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, encaminhou ofício nesta quinta-feira, dia 13, à presidente da República, Dilma Rousseff, ao Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pedindo para que sejam liberados os recursos para as aquisições do governo federal (AGF) para o feijão.

Desde o começo de janeiro, os preços pagos aos produtores não estão cobrindo os custos de produção. Hoje a saca de feijão tem um custo de R$ 104,77, segundo cálculos da Conab, entretanto, os produtores estão recebendo R$ 70,00 pela saca. Há regiões no Paraná em que a saca está cotada a R$ 60,00. “No dia nove de janeiro, nós alertamos o governo federal solicitando que se fizesse uso imediato de instrumentos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), evitando dessa forma o desestímulo ao plantio de feijão nas safras subsequentes, o que poderia gerar inflação do feijão no médio prazo, com a redução de oferta interna”, afirmou Ágide no documento à presidente da República e ministérios.

Em 15 de janeiro, o Mapa confirmou a compra de 30 mil toneladas de feijão cores. Somente no dia seis de fevereiro, a Conab divulgou a compra de R$ 100 milhões de feijão em diversos estados da federação, cabendo ao Paraná a cota de apenas 35 mil toneladas. Acontece que, mesmo depois do anúncio, a Conab no Paraná ainda não recebeu a liberação dos recursos do Ministério da Fazenda para iniciar a operacionalização de Aquisições do Governo Federal (AGFs) no Paraná.

Com essa negligência do governo federal, os produtores só acumulam prejuízos. “A mesma demora excessiva em atender os produtores rurais brasileiros não é aplicada quando se trata em atender os interesses da indústria do trigo, por exemplo. Ao longo de 2013 o governo permitiu que mais de 3 milhões de toneladas fossem importadas dos EUA sem impostos, prejudicando os produtores brasileiros. Agora, nós temos dificuldades em comercializar o produto por falta de compradores, os quais estão estocados com produto importado”, observa Meneguette.

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