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Adubo e agrotóxicos estão mais caros para plantar milho e trigo

Dólar influencia no custo da lavoura, principalmente no preço dos fertilizantes

A semana foi marcada pela escalada do dólar e, no campo, o impacto dessa alta já é sentido no preço do adubo e agrotóxicos. Muitos agricultores estão fazendo estoque com medo de novos aumentos.

Em Cascavel, no oeste do Paraná, a colheita da Soja já está quase no fim. Mais de 90% do que foi plantado na região já foi colhido. Felicidade pra alguns, preocupação pra outros, já que agora começam os preparativos para o plantio do milho safrinha e do trigo e todo mundo está de olho em uma coisa só: o dólar.

Há um ano, a moeda americana era negociada a pouco mais de R$ 2,30. Nessa semana, o dólar passou de R$ 3. O dólar influencia diretamente no custo da lavoura, principalmente no preço dos fertilizantes.

A fábrica da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel) produz aproximadamente 190 mil toneladas de adubo por ano. As encomendas para a safra do trigo já começaram e os agricultores vão pagar mais caro pelo produto.

Hidrogênio, cloreto de potássio, fosfato, são substâncias que compõem os fertilizantes. Cerca de 70% delas vêm de fora e o preço varia conforme a cotação do dólar, ou seja, se a moeda continuar subindo, os insumos vão ficar ainda mais caros.

“Não somente o fertilizante, como todos os defensivos, os insumos que vão para a lavoura também têm influência no dólar”, afirma Acir Palaoro, gerente de filiais da Coopavel.

Na plantação do produtor Zeca Zardo são usadas, por ano, quase 500 toneladas de adubo. Em 2014, ele pagou R$ 1.200 por tonelada. Agora, o mesmo produto sai por R$ 1.600 a tonelada. Com medo de preços ainda mais altos, ele comprou de uma vez só fertilizantes para o ano todo: “Nós vendemos a produção do ano passado e compramos insumos. Então, precisamos pelo menos garantir uma lavoura em um custo razoável”.
Fonte: Globo Rural – 08/03/2015

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