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Adepto a tecnologias, agricultor moderno assume postura empresarial

Produtor passou a olhar além da lavoura, percebendo que as informações fora da porteira fazem diferença no resultado final da propriedade

A imagem do famoso personagem Chico Bento, da Turma da Mônica, com estilo caipira, pés descalços, chapéu de palha, enxada nas costas e linguajar repleto de palavras com erro de português, engana os desavisados que ainda pensam ser este o “jeitão” do atual produtor rural brasileiro. Diante da pressão por produtividade imposta pelo mercado mundial, o agricultor moderno assume uma postura empresarial, adepto às novas tecnologias e totalmente antenado aos acontecimentos globais.

Nas últimas décadas, as transformações registradas no campo foram significativas. O agricultor, que comemora seu dia em 28 de julho, passou a olhar além da sua lavoura, percebendo que as informações e fatos registrados fora da porteira, até mesmo internacionais, fazem diferença no resultado final do planejamento da propriedade.

“Até a década de 50, os produtores agrícolas eram a imagem do Jeca Tatu (personagem criado por Monteiro Lobato), de uma pessoa simples do interior, que não recebia informação, atrasada em relação ao meio urbano e que tudo dependia de Deus e do tempo. Esta pessoa foi se modernizando junto com o ciclo da industrialização e cadeias de produção”, destaca Eugênio Stefanelo, professor do MBA em Gestão do Agronegócio da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Hoje, um número cada vez menor explora a agropecuária de uma forma tradicional. A maioria tem um perfil que produz olhando o mercado, com informação e que adota tecnologias”, complementa.

Além do cotidiano nas lavouras, essas transformações são percebidas também em estudos sobre o setor. A 6ª edição da Pesquisa Comportamental e Hábitos de Mídia do Produtor Rural Brasileiro 2013/14, realizada quadrianualmente pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A), comprova, em números, essa mudança de perfil e hábitos no campo.

De acordo com o documento, o mais recente produzido pela entidade, 39% dos produtores têm acesso a internet, sendo que a maioria o faz por meio de computador desktop, crescimento de 9% em relação a pesquisa de 2008/09. Deste universo, 92% estão conectados a redes sociais. Esse grupo se mantem informado por meio de veículos de comunicação e redes sociais para acompanhar as tendências de mercado, novas técnicas e produtos desenvolvidos pelo e para o agronegócio.

Leia a matéria completa aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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