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Temor com clima faz café disparar em NY

Desde o início do ano, o café já acumula um avanço de 88,14%

Os preços do café no mercado futuro voltaram a disparar ontem diante das crescentes preocupações com a safra 2015/16 no Brasil. Os contratos de segunda posição (normalmente, com maior liquidez) do arábica negociados na bolsa de Nova York fecharam a US$ 2,125 por libra-peso, o maior valor desde 29 de abril, com um avanço diário de 800 pontos, ou 3,91%. Desde o início do ano, o café já acumula um avanço de 88,14%.

O combustível para a última alta foi a divulgação de previsões climáticas que postergaram a perspectiva de chuvas no cinturão produtor do país de 9 para 12 de outubro. “Como o mercado está bastante nervoso, isso puxou a cobertura de posição de quem estava vendido e fez novos fundos entrarem comprados no mercado”, afirmou Rodrigo Costa, diretor de commodities da corretora Newedge, em Nova York.

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A tensão cresce conforme a seca se prolonga nas regiões produtoras. De acordo com levantamento da Fundação Procafé referente a agosto, o sul de Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do país, registrou um déficit hídrico de 144 milímetros. Iran Bueno Ferreira, engenheiro agrônomo da Procafé, afirma que o cafeeiro suporta até 150 milímetros de déficit.

Entretanto, se as chuvas previstas para este mês não ocorrerem, algumas lavouras podem até morrer. Se não chegar a esse extremo, as plantas podem apresentar desfolha, o que facilita a entrada de doenças e enfraquece o cafeeiro, que produzirá menos no ano que vem, explica o agrônomo.

O que vai definir se as floradas (que dão origem aos frutos) do café vingarão é a situação fitossanitária dos cafezais. “Se a planta estiver bem nutrida e tiver chuva, será normal”, diz Ferreira.

 

Fonte: Valor Econômico – 03/10/2014

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