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Sem abandonar as origens

Em Tamarana alunos tiveram contato pela primeira vez este ano com curso do JAA e começam a enxergar um futuro melhor, sem abandonar suas origens

Tamarana é uma cidade que boa parte da população ainda tem um vínculo forte com a agricultura familiar. E é neste cenário, no Colégio Estadual Professora Maria Cintra de Alcântara, que aproximadamente 30 alunos tiveram contato pela primeira vez este ano com curso do JAA e começam a enxergar um futuro melhor, sem abandonar suas origens.

O professor de química e física do colégio e também agricultor no distrito de Lerroville, Rogério Rodrigues, foi quem teve a ideia de levar o programa até a cidade. Segundo ele, a maioria dos alunos reside na zona rural e, ao perceber que o curso trabalhava a gestão da propriedade, resolveu fomentar as atividades no contraturno escolar. “Tivemos inclusive uma lista de espera de alunos querendo participar”, explica.

Segundo ele, boa parte dos alunos percebeu que a propriedade pode ser rentável no futuro, onde é possível tirar um salário digno e continuar na propriedade, com qualidade de vida. “Tivemos inclusive uma aluna que fez o curso, prestou vestibular em agronomia, passou, e quer continuar os estudos nas ciências agrárias. Muitos pais, inclusive, demonstram a importância desse trabalho para os filhos”.

Uma das pedagogas da escola, Inês Moretão da Cunha, relata que a metodologia utilizada pelo Senar, associando teoria e prática, atraiu os alunos para o trabalho. “Muitos já têm usado as técnicas agrícolas no dia a dia e influenciado a família”. Já a pedagoga Micheli Ramires comenta a importância do JAA, num momento em que os pequenos agricultores se sentem desincentivados a continuar na lida do campo. “Essas famílias fazem parte do agronegócio e precisam de motivação”, relata.

Alan Cecílio de Paula, de 16 anos, viu seus pais deixarem a zona rural por terem encontrado empregos de melhor rentabilidade na cidade. O pai se tornou motorista e a mãe costureira. “Agora, depois do JAA, eles me dão todo apoio para que eu retorne ao campo. Durante o curso, aprendi sobre o trabalho de zootecnista e é esta carreira que pretendo seguir, quem sabe.”

Já Luís Fernando dos Santos Marques, também de 16 anos, mora com a mãe, o padrasto e dois irmãos numa área de 23 hectares, voltadas à produção de milho e soja. Ele diz que o curso foi uma oportunidade muito grande de adquirir conhecimento e melhorar a propriedade onde residem. “Lá em casa, temos muitos problemas de erosão e durante o curso vimos várias maneiras de acabar com isso. Também aprendi sobre o tratamento de sementes, o qual não tinha conhecimento nenhum”.

Agora, quando olha para o futuro, Luís tem plena certeza que pretende continuar na propriedade. “Tinha essa dúvida, mas agora não tenho mais. Pretendo fazer um curso técnico especializado e ajudar minha família. Lá temos estrutura para evoluir. Temos terra e água em abundância, inclusive podemos implementar novas tecnologias e diversificar a cultura, deixar de plantar apenas soja e quem sabe apostar nas hortaliças. Vi que o curso do JAA mudou a cabeça de muitos que estavam em minha volta”.

Fonte: Folha de Londrina- 28/11/2016

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