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Produtividade agropecuária do Brasil é uma das maiores do mundo

A produtividade da agropecuária brasileira é uma das maisaltas do mundo, com crescimento médio anual de 3,57% de 1975 a 2009. Uma pesquisa doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) analisou ocomportamento do setor nos últimos 35 anos e aponta que o Brasil está à frentede outros países com tradição na produção e exportação de alimentos. Os EstadosUnidos, por exemplo, apresentaram média de crescimento anual de 1,87%, noperíodo de 1975 a2008, segundo informações do Departamento de Agricultura daquele país (USDA,sigla em inglês). No Brasil, a avaliação dos últimos dez anos (2000-2009)mostra que esse incremento foi de 5,39% ao ano.

A taxa média de variação anual da produtividade nesseperíodo recente é consideravelmente superior aos 2,85% registrados entre 1990 e1999 e aos 2,25% observados entre 1980 e 1989. O coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Gasques, um dosautores do estudo, explica que os principais fatores que impulsionaram esse bomdesempenho foram a política de crédito e os investimentos na pesquisaagropecuária. "O financiamento para a compra de insumos e capital, comomáquinas, fertilizantes e defensivos, além do trabalho desenvolvido pelaEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foram essenciais paraque o país crescesse em produtividade", comenta.

Dois momentos importantes no crédito rural foram as décadasde 1970 e 1980, épocas de formação e acumulação de capital, e o período dosanos 2000, durante a criação de programas e linhas de crédito para amodernização do setor, como o Programa de Modernização da Frota de TratoresAgrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Entre 2000 e2009, o volume de crédito rural concedido a produtores e cooperativas aumentou153%, em valores reais.

O desenvolvimento de variedades agrícolas mais produtivas,resistentes às mudanças climáticas e adaptadas ao meio ambiente, além dageração novos métodos de cultivo, foram alguns dos resultados obtidos pelapesquisa agropecuária nos últimos 35 anos. Essas ações também foram decisivaspara alavancar o setor agropecuário, em especial a produção de grãos. "Operíodo analisado coincide com a expansão da ocupação do Cerrado e da produçãode grãos naquela área, que foram, em grande parte, propiciadas pela Embrapa",afirma o coordenador.

Vinculada ao Ministério da Agricultura, a empresa conta commais de três mil pesquisadores, 1,2 mil projetos de investigação e orçamento deR$ 1,8 bilhão. Essa combinação vem contribuindo para que a Embrapa atenda adesafios específicos do setor, a exemplo da produção sustentável para geraçãode bioenergia, do intercâmbio e disseminação de recursos genéticos em diferentessistemas de produção e do aumento da eficácia dos fertilizantes.

O estudo corrobora, ainda, que a produtividade brasileiranão é influenciada pelo avanço da área, seja de lavouras ou pastagens. Ao longodo período estudado, a área passou de 209 milhões para 219 milhões de hectares.Entre 1975 e 2009, aprodução de grãos no Brasil aumentou 240%, enquanto a área foi expandida em44%. "Esse é um dos exemplos mais notáveis do crescimento da produtividadeagrícola", defende Gasques.

Do mesmo modo, a produção de carne bovina (peso de carcaças)por hectare de pastagem aumentou de 10,8 para 42,3 quilos por hectare nasúltimas três décadas. A produção total de carne passou de 2,7 milhões para 19,5milhões de toneladas entre 1975 e 2009, ou seja, aumentou sete vezes.

O uso de tecnologia também teve grande incremento nessesúltimos 35 anos. Gasques destaca que a aplicação de fertilizantes em lavouraspermanentes e temporárias, passou de 45,6 para 123,3 quilos por hectare noperíodo estudado, enquanto o número de máquinas agrícolas utilizadas passou de334,8 mil, em 1975, para 528,65 mil, em 2009. "Esses números ajudam arepresentar os acréscimos de produtividade agropecuária observados nos últimosanos no Brasil", avalia.

Foram utilizadas para os cálculos de produtividadeinformações de 35 produtos das lavouras permanentes, 31 das culturastemporárias e os dados sobre abate divulgados pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).

Por Eline Santos

Fonte: MAPA

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