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Paraná inicia campanha de vacinação contra febre aftosa

VacinaçãoÁrea livre de febre aftosa com vacinação junto a outros 13 estados e o Distrito Federal, o Paraná inicia na próxima semana a primeira etapa de vacinação do ano contra a doença, que atinge principalmente bovinos e búfalos (esses possuem obrigatoriedade da vacina) mas também ovinos, caprinos e suínos. A campanha será lançada oficialmente no dia 30 de abril. A primeira etapa ocorre durante todo o mês de maio e a segunda, em novembro.

De acordo com informações da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), de novembro do ano passado, quando ocorreu a última etapa da vacinação, o Estado possui um rebanho de 9,41 milhões de bovinos e bufalinos, distribuídos em 192 mil explorações pecuárias. Na etapa de maio é obrigatória a vacinação dos bovinos e búfalos com idade até 24 meses, o que contabiliza 4,25 milhões de cabeças – 45% do total.

Vale lembrar que nas propriedades paranaenses, a estratégia de vacinação é semestral em animais com até dois anos de idade e anual para aqueles acima disso. Doença viral infecciosa, a febre aftosa causa não apenas o aumento de temperatura corporal dos animais, mas também aftas principalmente na boca e nos cascos, dificultando a movimentação e alimentação, o que acarreta intensa perda de peso e queda na produção leiteira.

De acordo com o presidente da Adapar, Inácio Kroetz, 95% dos pecuaristas paranaenses vacinam seus animais espontaneamente. A expectativa é que todos os animais sejam imunizados este ano. “Hoje, o produtor está consciente. Ele entende a importância das boas práticas de produção e como as doenças podem atrapalhar drasticamente seus negócios”, salienta ele.

Kroetz aproveitou para dizer que na próxima terça-feira, dia 29, acontece em Curitiba uma reunião de lideranças da cadeia produtiva, indústria, diretoria de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa) e diversos outros segmentos que estão envolvidos no segmento para discutir, mais uma vez, se é válido o Estado evoluir para o status de área livre da febre aftosa sem vacinação. “Tecnicamente é possível, mas é preciso avaliar todos os prós e contras para dar tal passo. Precisamos entender qual é o plano nacional deste assunto. Vale dizer que há dois anos as Américas não registram focos da doença.”

Para o presidente da Adapar, não adianta forçar esse avanço sem que haja ganhos econômicos significativos para o Estado. “Precisamos entender os interesses econômicos que isso pode gerar. A vontade disso acontecer tem que partir do produtor e a cadeia toda deve estar unida para atingir esse objetivo.”

Comprovação on-line
Além do procedimento tradicional já conhecido (veja o quadro explicativo), o produtor pode realizar a comprovação da vacinação pela internet, acessando a página da Adapar (www.adapar.pr.gov.br). Será feita em duas etapas: primeiro o cadastro da venda da vacina pelo revendedor e depois a comprovação pelo produtor. Ao acessar o link na página, haverá instrutivo sobre esta forma de comprovação. O pecuarista somente conseguirá efetuar a comprovação pela internet após o revendedor também ter cadastrado a venda da vacina.

Fonte: Folha de Londrina

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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