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Por onde anda a Helicoverpa armigera?

Lagarta que aterrorizou produtores na temporada 2013/14 continua presente nas lavouras, mas sob controle

O ano era 2013, as notícias chegavam quase diariamente informando a presença de uma nova vilã nas lavouras brasileiras. Uma lagarta, com um apetite tão voraz que chegava a comer até mesmo plástico, estava devorando a soja na Bahia e logo estaria atacando as plantações paranaenses. A Helicoverpa armigera tornou-se sinônimo de destruição e prejuízo no meio rural, trazendo um clima de apreensão, principalmente, na safra 2013/14. Quatro anos depois, por onde anda essa lagarta que tanto alarde causou?

Segundo o pesquisador Daniel Ricardo Sosa Gomez, da Embrapa Soja, ela ainda está por aí, porém, não apresenta grandes riscos para a região Centro-Sul do país. “Ela está presente em todo o Brasil. Nos nossos levantamentos de campo, percebemos que ela está por aqui, mas devido à baixa densidade não causa dano econômico”, diz. Gomez foi um dos pesquisadores que atestou a presença da lagarta no Brasil anos atrás. “Depois fizemos levantamentos em museus e coleções para ver há quanto tempo o inseto estava no país. Encontrei uma primeira ocorrência
em 2008, em Rolândia (Norte do Paraná)”, recorda.

O que ocorreu no Brasil em 2013 e 2014, segundo Gomez, provavelmente foi uma conjunção de fatores (condições climáticas, ausência de inimigos naturais, etc.) que possibilitou que a população da lagarta aumentasse, trazendo riscos para algumas regiões mais quentes do país. “Hoje ela continua presente, mas está sob controle. Por isso, o agricultor deve monitorar a lavoura, fazer as recomendações do MIP [manejo integrado de pragas] e utilizar inseticidas no momento certo para não eliminar os seus inimigos naturais”, adverte.

Leia mais sobre o controle da lagarta aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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